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Pacientes com vasculite ganham com nova opção terapêutica no SUS
Pacientes com vasculite ganham mais uma opção de tratamento com a incorporação do rituximabe no Sistema Único de Saúde (SUS). A tecnologia já consta na rede pública com outras indicações de uso (artrite reumatoide e linfomas não-Hodgkin- linfoma de grandes células B e linfoma folicular) e agora irá beneficiar pacientes com casos graves e que não respondem ao tratamento atualmente disponível no SUS. O tema foi apresentado na 120ª Reunião da Conitec, após retorno da consulta pública.
O rituximabe foi avaliado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para terapia de indução de remissão dos pacientes com diagnóstico recente e para os casos de recidiva de vasculites associadas aos anticorpos anti-citoplasma de neutrófilos (VAA), classificados como granulomatose com poliangeite (GPA) ou poliangeite microscópica (MPA) ativa e grave. A recomendação favorável à incorporação considerou todos os casos de recidiva da doença. Nos casos de diagnóstico recente, o medicamento foi incorporado para pacientes em idade fértil.
Na ocasião, os membros do Comitê de Medicamentos debateram sobre esse aspecto, uma vez que o medicamento disponível atualmente no SUS tem como o efeito colateral a infertilidade. A gravidade desse tipo de vasculite também foi um dos pontos abordados.
A vasculite é uma inflamação com ou sem necrose da parede de vasos sanguíneos, podendo incluir vasos de diferentes calibres em qualquer órgão ou sistema do corpo humano, com a presença de múltiplos sinais e sintomas. Pacientes relatam inflamações de repetição, comprometimentos severos em órgãos e faces e uso excessivo de medicamentos.
Com o rituximabe, segundo os relatos ouvidos na Perspectiva do Paciente, quando o usuário do SUS apresenta um relato na reunião da Conitec sobre a experiência de viver e/ou conviver com as mais diversas condições de saúde, houve melhora em marcadores de exames, da qualidade de vida e dos quadros infecciosos.