Notícias
Protocolos para Puberdade Precoce Central e TDAH são atualizados no SUS
O Ministério da Saúde aprovou a atualização do Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT) da Puberdade Precoce Central e a publicação do PCDT do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Os documentos passaram pela avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e incluem recomendações de condutas clínicas, medicamentos, produtos e procedimentos nas diferentes fases evolutivas das condições de saúde. A atualização do conteúdo é um processo contínuo, com a revisão de evidências científicas sobre cada tema. Esse processo garante que os tratamentos ofertados na rede pública de saúde estejam sempre baseados em dados atuais.
O PCDT da Puberdade Precoce Central teve o texto atualizado após a incorporação de dois medicamentos: a leuprorrelina subcutânea 45mg e o embonato de triptorrelina 22,5 mg. A Puberdade Precoce Central é caracterizada pelo surgimento prematuro de sinais da puberdade.
Considerada doença rara, é de 10 a 23 vezes mais frequente em meninas do que em meninos.
Já o PCDT para o TDAH aborda diagnóstico e tratamento não medicamentoso. O texto menciona a avaliação feita pela Conitec de dois medicamentos (metilfenidato e lisdexanfetamina) que tiveram recomendação desfavorável à incorporação no SUS depois que as evidências sustentaram a eficácia e a segurança destes tratamentos como frágeis, dada sua baixa/muito baixa qualidade, bem como o elevado aporte de recursos financeiros apontados na análise de impacto orçamentário.
Embora seja mais comum na infância, o TDAH também pode se manifestar na idade adulta e se caracteriza por uma tríade de sintomas: hiperatividade (dificuldade em ficar quieta ou sentada); impulsividade (dificuldade em controlar impulsos) e déficit de atenção (dificuldade em completar as tarefas propostas). Essas alterações comportamentais estão presentes em diferentes contextos, o que pode resultar em prejuízos afetivos, nas interações sociais, acadêmicas e ocupacionais.
Estima-se que, no Brasil, pelo menos 7% das crianças e adolescentes sejam diagnosticados com a condição.