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Especialistas em ATS da América Latina e Europa acompanham reunião extraordinária da Conitec
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) realizou, na última quarta-feira (17), a 10ª Reunião Extraordinária com a presença de pesquisadores e especialistas em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) da América Latina e da Europa. O encontro ocorreu na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília (DF), no formato híbrido, com alguns membros do Plenário presentes e outros conectados remotamente. Na ocasião, o grupo que veio até o Brasil para participação no Fórum de Políticas da América Latina 2022, promovido pelo Health Technology Assessment international (HTAi), teve a oportunidade de acompanhar presencialmente as atividades da Conitec. “Acredito que vai colaborar muito para que os países, principalmente os da América Latina, melhorem cada vez mais o processo de ATS, garantindo, assim, que a região tenha acesso às tecnologias eficazes, efetivas, seguras, custo-efetivas e não comprometam a sustentabilidade do sistema”, afirmou a presidente da Comissão, Vania Canuto. O HTAi é a maior associação internacional de ATS, englobando membros que representam as diversas partes interessadas no processo (pesquisadores, agências estatais, associações de pacientes etc.).
Durante a Reunião, os presentes acompanharam a avaliação inicial do medicamento onasemnogeno abeparvoveque para o tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME) e tiveram a oportunidade de ouvir uma experiencia de vida real por meio do relato de uma mãe de paciente, durante apresentação da Perspectiva do Paciente. Na ação de participação social, o voluntário compartilha com o Plenário da Conitec suas experiências no enfrentamento das mais diversas condições de saúde. “Há muito interesse dos países em aprender com esses modelos, países que estão implementando agências, como no Chile, que podem aprender com o modelo brasileiro de como implementar a avaliação de tecnologia em saúde para tomar decisões mais informadas em saúde”, comentou Alexandre Lemgruber, representante da Rede de Avaliação de Tecnologia em Saúde das Américas (RedETSA) e assessor regional da OPAS em Washington DC. Lemgruber avaliou que o Brasil é um dos poucos países do mundo que têm um vínculo explícito estabelecido por lei entre a ATS e a tomada de decisão.
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Para o Chefe da Unidade de Avaliação de Tecnologias em Saúde da Pontificia Universidad Católica de Chile, Manuel Antônio Espinoza, acompanhar o trabalho da Comissão no processo deliberativo em ATS foi uma oportunidade de verificar “um espaço de muita riqueza, que dá legitimidade ao processo de aquisição”, avaliou. O especialista indica ser este um modelo a ser seguido pelos países da América Latina. Ele afirmou ser uma grande oportunidade para o intercâmbio de informações e a busca por metodologias comuns, já que os desafios que os países encontram na área de incorporação de tecnologia são muito similares.