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Atualização do protocolo para Fibrose Cística está em consulta pública
A atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Fibrose Cística está em consulta pública até o dia 5 de setembro. O novo texto contempla a incorporação de quatro tecnologias para tratamento dos pacientes no SUS: dois procedimentos, um medicamento e um equipamento.
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A fibrose cística é uma doença rara hereditária que afeta, principalmente, pulmões, pâncreas e sistema digestivo. Causada por uma mutação genética que leva à produção anormal de muco pelo corpo, essa disfunção leva ao acúmulo de bactérias e germes nas vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite.
A atualização do PCDT é um processo contínuo, com a revisão de evidências científicas sobre cada tema. Esse processo garante que os tratamentos ofertados na rede pública de saúde estejam sempre baseados em dados atuais.
Novo texto
Atualização do PCDT traz informações sobre o teste de elastase pancreática fecal, a ampliação de uso da ventilação não invasiva (VNI), incorporação do colistimetato sódico e incorporação do dispositivo individual de pressão expiratória positiva do tipo máscara /pressão expiratória nas vias aérea para a fisioterapia.
O teste de elastase pancreática fecal, incorporado em março, será realizado em pacientes com dúvida diagnóstica de insuficiência pancreática exócrina em pacientes com fibrose cística, sendo uma alternativa ao diagnóstico com o método quantitativo Van de Kamer, já que não exige dieta específica, ou interrupção do tratamento com enzima.
Ver relatório aqui.
No mesmo mês, foi incorporada a ampliação de uso da VNI no tratamento das manifestações pulmonares crônicas e graves de pacientes com Fibrose Cística. Na prática clínica, a VNI tem sido usada para ajudar os pacientes com FC avançada a limpar o muco, a respirar melhor, melhorar a respiração noturna e a tolerância aos exercícios. O uso apropriado da VNI pode ser um meio temporário de diminuir internações e reverter ou diminuir a progressão da insuficiência respiratória aguda ou crônica, provendo suporte ventilatório e evitando a intubação endotraqueal.
Ver relatório aqui.
A Conitec recomendou, ainda, a incorporação do colistimetato sódico para o tratamento de pacientes com manifestações pulmonares de Fibrose Cística com infecção por Pseudomonas aeruginosa como uma alternativa terapêutica as pacientes, com resultados consistentes. A incorporação foi publicada na portaria SCTIE/MS Nº 29, de 31 de março de 2022.
Ver relatório aqui.
Também foi incorporado o dispositivo individual de pressão expiratória positiva do tipo máscara /pressão expiratória nas vias aéreas para o tratamento da fibrose cística por meio da fisioterapia. O relatório produzido pela Conitec indica que há, com o uso da tecnologia, promoção da independência do paciente, e por ser uma técnica mais prática e fácil, o que tende a aumentar a adesão ao tratamento, contribuindo para o atraso da perda da função pulmonar, que é o principal objetivo da fisioterapia.
Veja relatório aqui.
Saiba mais
Pacientes que vivem com Fibrose Cística apresentam, normalmente, de 30 a 60 vezes mais muco espesso que o usual. Essa secreção também pode bloquear o trato digestório e o pâncreas, o que impede que enzimas digestivas cheguem ao intestino.
A doença é grave e apresenta um índice de mortalidade elevado. Nos últimos anos, o prognóstico tem melhorado muito, mostrando índices de 75% de sobrevida até o final da adolescência e de 50% até a terceira década de vida