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Consulta pública sobre atualização do PCDT da Esclerose Múltipla recebe contribuições
O Ministério da Saúde abre a consulta pública relativa à proposta de uma nova atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Esclerose Múltipla. A nova versão do documento traz alterações nos critérios de inclusão/exclusão ao tratamento, nas condutas terapêuticas e ofertadas no SUS e no monitoramento da doença. O prazo para o envio de contribuições se encerra no dia 29 deste mês. A atualização do conteúdo é um processo contínuo, em que são revistas evidências científicas sobre cada tema. Esse processo garante que os tratamentos ofertados na rede pública de saúde estejam sempre baseados em dados atuais.
Leia aqui a proposta de novo texto.
O texto do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) foi atualizado com base na incorporação do medicamento alentuzumabe para tratamento de pacientes com esclerose múltipla remitente recorrente com alta atividade da doença em falha terapêutica ao natalizumabe, conforme o estabelecido no PCDT, no âmbito do SUS.
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Atualização anterior
A atualização anterior do PCDT, feita em fevereiro deste ano, levou em conta a ampliação do uso, em dezembro de 2019, do medicamento fumarato de dimetila para tratamento de primeira linha da doença. Essa alteração trouxe mudanças nas demais linhas de tratamento para pacientes com Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR), especialmente com relação ao natalizumabe. O texto indicava o natalizumabe como primeira opção de tratamento para pacientes com EM-RR em alta atividade da doença, fosse para os casos de falha ou restrição com as demais opções ofertadas ou como primeira alternativa entre os medicamentos modificadores do curso da doença.
Saiba mais
A esclerose múltipla compromete o sistema nervoso central e atinge principalmente adultos jovens, entre 18 e 55 anos. A doença é autoimune, caracterizada pela desmielinização da bainha de mielina, envoltório das células nervosas (axônios) por onde passam os impulsos elétricos que controlam as funções do organismo. Esse dano gera interferências nessa transmissão e diversas consequências para os pacientes, como alterações na visão, no equilíbrio e na capacidade muscular.
Ela pode ser classificada em quatro formas principais, de acordo com a evolução da incapacidade e da frequência dos surtos. São elas: esclerose múltipla remitente-recorrente (EM-RR) - forma mais comum, representa 85% de todos os casos da doença, primariamente progressiva (EM-PP), secundariamente progressiva (EM-SP) e Síndrome Clinicamente Isolada (CIS).
Tratamento no SUS
O tratamento farmacológico visa tratar e evitar a progressão da doença e que o tratamento não farmacológico, no contexto da condição clínica neurodegenerativa progressiva, aponta para a necessidade de tratamentos paliativos no auxílio ao aumento da expectativa e qualidade de vida dos pacientes.
A abordagem multidisciplinar é o elemento-chave no cuidado de pacientes com Esclerose Múltipla.