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Consulta pública sobre medicamento para tratamento da asma em pacientes pediátricos recebe contribuições até novembro
Está aberta a consulta pública relativa à proposta de incorporação do propionato de fluticasona/xinafoato de salmeterol para tratamento da asma em pacientes a partir de 4 anos. Interessados têm até o dia 3 de novembro para enviar contribuições por meio do site oficial da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). A asma é uma doença respiratória crônica geralmente caracterizada por inflamação das vias aéreas e o tratamento divide-se entre opções de medicamentos controladores e de alívio ou resgate. De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Asma de 2013, a associação de formoterol/budesonida é disponibilizada no SUS na apresentação cápsula ou pó inalante. Essa opção seria spray, suspensão aerossol para inalação. A escolha do dispositivo deve considerar fatores relacionados ao paciente, como habilidade e capacidade de uso, para obtenção da máxima efetividade. No entanto, para o Plenário, não existem evidências robustas de que essa medicação resulte em maior adesão à apresentação já fornecida pelo SUS por grupos específicos. Assim, a recomendação inicial foi desfavorável à incorporação da tecnologia.
Leia aqui o relatório inicial.
A doença é definida por um histórico dos sintomas respiratórios de chiado no peito, falta de ar, aperto no peito e tosse que variam ao longo do tempo e em intensidade, juntamente com a limitação variável do fluxo de ar expiratório, sendo que este último pode se tornar posteriormente persistente. As variações geralmente são desencadeadas por fatores como realização de exercício físico, exposição a alérgenos ou substâncias irritantes, mudanças no clima ou infecções respiratórias virais.
A asma causa uma estimativa de 250 mil mortes por ano em todo o mundo. Um levantamento realizado recentemente no Brasil mostrou que 12,3% dos asmáticos estão controlados e apenas 32% aderem ao tratamento prescrito.
Saiba mais
O diagnóstico de asma se dá mediante a identificação de critérios clínicos e funcionais, obtidos pela anamnese, exame físico e exames de função pulmonar (espirometria). Fatores que influenciam a evolução, a tolerabilidade e resposta ao tratamento em pacientes com asma incluem comorbidades, exposições a alérgenos/irritantes respiratórios, uso de medicamentos ou drogas ilícitas, hábitos e estilo de vida, condições socioeconômicas, e situações especiais como gestação e extremos de idade.
O tratamento busca atingir e manter o controle da doença e deve ser individualizado, de acordo com o controle e gravidade, preferências do paciente e acesso aos medicamentos.
A via inalatória é sempre a preferida para o tratamento de manutenção e de alívio, por utilizar uma dose menor de medicamento, com maior efeito local e menos efeitos adversos sistêmicos.