Notícias
Medicamento para pacientes com artrite reumatoide é incorporado ao SUS
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação do upadacitinibe para o tratamento de pacientes adultos com artrite reumatoide ativa moderada a grave no SUS, nos casos em que houve ausência de resultados ou intolerância a um ou mais medicamentos já ofertados na rede pública de saúde. A artrite reumatoide é uma doença inflamatória autoimune que afeta articulações e órgãos internos. Ainda sem cura e de causa desconhecida, compromete as articulações de forma irreversível, com impacto nos movimentos.
O upadacitinibe auxilia na diminuição dos sintomas da artrite reumatoide e retarda a progressão da doença, bem como o surgimento de lesões nos ossos e cartilagens. Além disso, mostrou-se que a incorporação da tecnologia trará menor custo de tratamento quando comparada às terapias já disponíveis no SUS.
Além das manifestações articulares, a doença pode reduzir a expectativa de vida do paciente. É mais frequente em mulheres, principalmente, na faixa etária acima dos 60 anos. O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno, nas fases iniciais, reduzem a destruição articular e melhoram o prognóstico desses pacientes.
Leia aqui o relatório final.
Tratamento no SUS
Publicado pela primeira vez em 2019, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para artrite reumatoide sugere que o diagnóstico considere sinais e sintomas relatados como rigidez matinal, nódulos reumatoides, artrites nas mãos, em três ou mais áreas articulares, e seja complementado por meio de exames laboratoriais.
O documento aponta que pacientes devem ser acompanhados por equipe multidisciplinar (com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, nutricionista e suporte de um médico reumatologista) e orientados sobre mudanças no estilo de vida. O tratamento medicamentoso envolve o uso de anti-inflamatórios, corticoides, imunossupressores, entre outros.
Os PCDT são documentos que direcionam os procedimentos a serem seguidos pelos gestores do SUS. São baseados em evidência científica e consideram critérios de eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade das tecnologias recomendadas.