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Conitec recomenda incorporação de teste para rastreamento e diagnóstico de tuberculose ativa em pessoas vivendo com HIV/AIDS
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação ao SUS de um teste para rastreamento e diagnóstico de tuberculose (TB) ativa em pessoas vivendo com HIV/AIDS. A TB é uma doença infecciosa que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas do corpo. O teste de fluxo lateral para detecção de lipoarabinomanano em urina (LFLAM) compreende uma alternativa aos sistemas já disponíveis na Rede por ser mais fácil de coletar e armazenar a urina. Também são reduzidos os riscos de infecção associados à coleta de escarro e se obtém uma liberação rápida de resultados. Nesse caso, o público que será beneficiado pela tecnologia tem 25 vezes mais chances de ter TB que a população em geral, e o risco de vir a óbito por causas relacionada à tuberculose é 300% maior do que o de uma pessoa que não vive com o HIV.
Os sintomas clássicos da doença são tosse persistente, seca ou produtiva, febre vespertina, suores noturnos e emagrecimento. A transmissão ocorre por meio da tosse, fala espirro de indivíduos com a doença ativa. A tuberculose também pode permanecer latente. Nesta situação, a pessoa infectada não desenvolve a doença, embora possa vir a apresentá-la em algum momento da vida.
Para o diagnóstico, o SUS disponibiliza o teste rápido molecular (TRM-TB), o teste de cultura e a baciloscopia, que detectam a presença da micobactéria no escarro do paciente. Uma radiografia do pulmão também pode ser necessária.
Por outro lado, mesmo que o paciente esteja infectado com TB, os exames de escarro podem apresentar falsos resultados negativos, dificultando e atrasando o diagnóstico e o tratamento.
Leia aqui o relatório final.
Saiba mais
Diferentemente dos métodos tradicionais de diagnóstico da TB, o LFLAM demonstra uma sensibilidade aprimorada em casos de coinfecção por HIV-TB. Tal sensibilidade aumenta ainda mais no caso de contagens mais baixas de células CD4, integrantes do sistema imunológico. Nesse sentido, em pessoas que vivem com HIV/AIDS os sintomas da tuberculose são poucos e atípicos e que tais pessoas possuem, por exemplo, uma maior chance de apresentar a tuberculose extrapulmonar, mais difícil de detectar no escarro.