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Procedimento para pacientes com doença cardíaca grave é incorporado ao SUS
O implante percutâneo de válvula aórtica (TAVI) para tratamento da estenose aórtica grave foi incorporado ao SUS para pacientes inoperáveis, sem possibilidade de cura por intervenções cirúrgicas. A doença provoca o estreitamento da válvula aórtica, responsável pela passagem do sangue no coração entre o ventrículo esquerdo e a aorta. A estenose impede que ela abra corretamente, forçando o coração a trabalhar mais para bombear o sangue por meio da válvula. A principal vantagem do TAVI é permitir a troca da válvula aórtica sem a necessidade de abertura da cavidade torácica e de técnica para substituir o trabalho do coração por mecanismo externo ao corpo. O procedimento é realizado por meio de uma pequena incisão no lado esquerdo do tórax, abaixo do mamilo, ou via transfemoral, quando o procedimento é realizado através da artéria femoral, com um pequeno corte na virilha, implantando a nova válvula por meio de cateteres que a levam até a aorta, dilatando e substituindo a válvula aórtica.
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Diversos são os fatores que favorecem o estreitamento da válvula aórtica, tais como sedentarismo, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes e envelhecimento. Os principais sintomas são cansaço, desmaios, dor no peito e insuficiência cardíaca.
A maior prevalência está entre a população idosa. De acordo com dados da população norte americana, verifica-se que em adultos de até 64 anos, a prevalência da doença é de 0,2%, aumentando para 1,3% entre a população de 65 a 74 anos. Entre a população com faixa etária maior que 75 anos, o percentual chega a 2,8%. Em comparação com a população geral, diagnosticados com estenose aórtica apresentam um maior risco de morte cardiovascular e, após o início dos sintomas, estima-se que 50% dos pacientes apresentam risco de morte em apenas dois anos. No Brasil, foram registrados 816 óbitos em 2018, entre a população de 60 a 74 anos, devido as consequências da estenose aórtica.