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Consulta pública recebe contribuições sobre exame para diagnóstico de doença autoimune no SUS
Está aberta até o dia 25 de janeiro a consulta pública sobre a incorporação do exame de dosagem de anticorpo antirreceptor de acetilcolina (anti-AChR) para diagnóstico da miastenia gravis (MG). A doença autoimune impede a comunicação entre os nervos e os músculos provocando fraqueza muscular. A recomendação inicial da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) é favorável a incorporação da tecnologia no SUS.
Participe da consulta pública. Clique para o envio de relatos de experiência/opinião ou contribuições técnico-científicas sobre o tema.
A Conitec analisou estudos que trataram da eficácia (resultados esperados), segurança e impacto orçamentário da tecnologia. Esse exame é capaz de diagnosticar a MG por meio da detecção e quantificação de anticorpos que se ligam ao receptor da acetilcolina, ainda que se encontrem em quantidades muito pequenas no organismo.
Os estudos demonstraram que o exame de dosagem dos anti-AChR consegue detectar com maior certeza quais indivíduos possuem a doença, quando comparado ao exame de Estimulação Nervosa Repetitiva (ENR).
Leia aqui o relatório inicial.
A miastenia gravis pode se manifestar em qualquer idade, acometendo mais mulheres do que homens. A idade de início da doença costuma ser em torno de 20 a 34 anos para mulheres e 70 a 75 anos para homens.
Saiba mais
A fraqueza provocada pela MG pode atingir grupos musculares específicos (músculos dos olhos, das faces e os envolvidos na respiração, na fala, na deglutição, etc) ou ser generalizada. As manifestações oculares, como pálpebra caída ou visão dupla, são as mais comuns. Na maioria dos casos, isso acontece porque o organismo passa a produzir anticorpos que destroem os receptores de acetilcolina - substância liberada pelos nervos que se liga aos músculos, provocando a contração muscular.
O resultado dos tratamentos pode ser utilizado na confirmação do diagnóstico em pacientes com autoanticorpos em pouca quantidade no organismo. Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Miastenia Gravis, publicado em novembro de 2015, o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, de acordo com os sinais e sintomas apresentados, como também a partir do exame eletroneuromiográfico, que avalia a presença de lesões nos nervos e músculos por meio de Estimulação Nervosa Repetitiva.
É importante que o profissional de saúde também investigue doenças associadas.