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Conitec avalia atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Leucemia Mieloide Crônica de Crianças e Adolescentes
Está aberta a consulta pública sobre a proposta de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Leucemia Mieloide Crônica (LMC) de Crianças e Adolescentes. O documento orienta os tratamentos disponíveis, além de critérios para diagnóstico da doença. O texto é atualizado após a ampliação, no ano passado, de exames para o diagnóstico e monitoramento da doença no Sistema Único de Saúde. O prazo para as contribuições foi prorrogado e se encerra no dia 10 de fevereiro.
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A leucemia é um tipo de câncer do sangue originado na medula óssea, tecido responsável por produzir os componentes sanguíneos (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). Quando há alguma mutação genética nessas células, elas podem se transformar em células cancerígenas, provocando a doença.
A LMC é caracterizada por um excesso na produção de células mieloides, células imaturas do sangue, e têm a presença do cromossomo Philadelphia (PH+). A evolução da doença é lenta e ocorre em três fases: crônica, de transformação e terminal. É mais comum em adultos, quando acomete crianças e adolescentes o diagnóstico costuma acontecer entre 11 e 12 anos de vida.
Por causa da baixa incidência e das escassas publicações sobre LMC em crianças e adolescentes, a prática assistencial para o controle da LMC nesses grupos etários não está tão bem estabelecida como para os adultos. Entretanto, já existem diferenças entre pacientes adultos e aqueles em fase de crescimento que podem afetar a evolução da LMC, a resposta ao tratamento e os efeitos adversos provocados pelas diversas terapias.
A proporção de pacientes pediátricos diagnosticados em fase avançada da doença (fases de transformação e blástica) é maior do que nos adultos.
PDCT
Além das orientações de tratamento, conforme medicamentos já disponíveis no SUS, o documento descreve a regulação e monitorização dos casos da doença por gestores de saúde do SUS. Serão incluídos neste protocolo pacientes que preencherem todos os critérios abaixo:
- idade inferior a 19 anos;
- diagnóstico confirmado de LMC em qualquer das três fases, por hemograma e mielograma ou biópsia de medula óssea;
- exame de citogenética (determinação de cariótipo) positivo para o cromossoma Philadelphia (Ph+) em amostra de medula óssea ou exame de biologia molecular positivo em sangue periférico para o oncogene BCR-ABL;
- exame de beta-hCG negativo na suspeita de gravidez;
- estar em primeira linha de tratamento de qualquer das três fases da LMC ou na recaída (hematológica, citogenética ou molecular) após TCTH-AL.
Leia aqui a proposta de PCDT.
Serão excluídos do escopo desse protocolo pacientes que apresentarem resultado negativo para o cromossoma Philadelphia no exame de citogenética e seu correspondente BCR-ABL em exame de biologia molecular.