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Novo tratamento para edema macular diabético é incorporado ao SUS
O medicamento ranibizumabe para o tratamento de edema macular diabético (EMD) é incorporado ao SUS, conforme recomendação final da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O Plenário considerou que a tecnologia apresenta eficácia e segurança comprovada e semelhante ao aflibercepte, incorporado ao SUS no final do ano passado, também disponível para os pacientes que enfrentam a doença. A recomendação do Plenário está condicionada à elaboração de um Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de retinopatia diabética e à negociação de preço com o fabricante.
Leia aqui o relatório final.
O ranibizumabe é aplicado por meio de uma injeção intraocular para bloquear a proliferação dos vasos sanguíneos da retina, que leva ao agravamento do EMD. Estatísticas apresentadas no relatório para análise da tecnologia mostram que a doença é mais comum em pacientes diagnosticados com diabetes há mais de 10 anos. A principal causa são as alterações estruturais nos vasos da retina causadas pela elevação dos níveis de açúcar no sangue. Esse processo pode danificar os vasos sanguíneos e aumentar o extravasamento de fluidos na retina.
Assim, substâncias como líquidos, proteínas e outras moléculas passam de dentro dos vasos sanguíneos e se acumulam na área central e nas áreas próximas da retina, formando o edema.
Os pacientes geralmente não apresentam sinais ou sintomas nos estágios iniciais da doença. Com o passar do tempo, a visão pode ficar borrada e distorcida, quadro que pode evoluir para cegueira irreversível se não diagnosticado e tratado corretamente. Por isso, pessoas com diabetes ou que apresentem qualquer alteração da visão devem procurar um especialista periodicamente.