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Conitec recomenda ampliação de dosagens de medicamento para o tratamento de hipotireoidismo congênito no SUS
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação das apresentações de 12,5 e 37,5 mcg de levotiroxina sódica para o tratamento de pacientes com hipotireoidismo congênito, conforme protocolo do Ministério da Saúde, no âmbito do SUS. A condição de saúde surge ainda durante a gravidez e se caracteriza pela diminuição ou ausência de hormônios da tireoide. A medida amplia o que já preconiza o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) atual do hipotireoidismo congênito (com a disponibilização na rede pública de comprimidos de 25, 50 e 100 microgramas (mcg)).
Para o Plenário, trata-se de uma forma de garantir o tratamento mais adequado, uma vez que facilita o ajuste das doses medicamentosas que pode aumentar ao longo do processo de tratamento e do desenvolvimento infantil. A disponibilidade de dosagens intermediárias diminui a necessidade de partir comprimidos para complementar as doses, contribuindo para menos erros de administração e desperdício.
Além disso, a inclusão das dosagens não deve implicar em qualquer aumento de gastos.
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O tratamento procura assegurar o crescimento e desenvolvimento adequados da criança e manter os níveis de hormônios tireoidianos dentro dos valores esperados para cada idade. A frequência desse monitoramento é definida a partir dos dados clínicos e laboratoriais.
Saiba mais
A tireoide é uma glândula que fica localizada na frente do pescoço. Ela atua sobre todos os sistemas do corpo e em vários órgãos, como o coração, fígado, os rins e o cérebro. Por isso, o seu bom funcionamento é essencial para o equilíbrio do organismo.
O hipotireoidismo congênito é a forma mais comum de enfermidade congênita do sistema que regula a produção hormonal no corpo e a principal causa prevenível de deficiência mental. Mas é importante lembrar que, mesmo quando diagnosticada precocemente, é fundamental tratar e acompanhar o quadro de forma adequada. Isso porque, caso não seja feito, podem aparecer complicações e prejuízos irreversíveis do desenvolvimento mental e do crescimento.
O hipotireoidismo crônico pode ter várias causas. Nos locais em que a ingestão de iodo é suficiente (como é o caso do Brasil), as principais causas dessa condição costumam ser o posicionamento de tecido da tireoide fora do local habitual, a diminuição da tireoide por parada do desenvolvimento na fase embrionária e a deficiência na síntese hormonal.
A evolução do quadro depende, principalmente, de três fatores: o período de tempo corrido até o início do tratamento, a intensidade do hipotireoidismo e a manutenção dos níveis hormonais dentro da normalidade.
Tratamento no SUS
O Programa Nacional de Triagem Neonatal, desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, faz a detecção do HC. Isso ajuda a identificar e tratar precocemente os casos, sendo possível prevenir o comprometimento intelectual e crescimento dessas crianças.