Notícias
Após término de estudo, Conitec recomenda a exclusão de tratamento para hanseníase e aponta para levantamento de resultados
A Conitec recomendou a exclusão da rifampicina como opção de profilaxia pós-exposição (PEP) para os casos de contato com hanseníase na rede pública de saúde. O medicamento foi incorporado ao SUS em 2015 por meio do Projeto PEP-Hans, que buscou verificar possíveis benefícios do tratamento em regiões mais afetadas pela doença. Com a finalização do trabalho em 2018, a Comissão recomenda a exclusão para que sejam levantados os resultados obtidos no período. Leia aqui o Relatório final da Conitec.
A PEP é um tratamento médico preventivo, iniciado imediatamente após o contato ou exposição à bactéria causadora da hanseníase. O projeto foi aplicado em alguns municípios dos estados do Mato Grosso, Pernambuco e Tocantins.
Vale lembrar que a hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido pelo SUS nas unidades de saúde pública.
Saiba mais
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen). Atinge em especial a pele e os nervos periféricos, podendo levar a graves incapacidades físicas. A transmissão ocorre principalmente pelas vias aéreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível com uma pessoa doente.
Os sinais e sintomas mais frequentes são:
- lesão(ões) (manchas) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica, e/ou à dor e/ou tátil;
- comprometimento do(s) nervo(s) periférico(s), geralmente espessamento (engrossamento), associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
- áreas com diminuição dos pelos e do suor;
- áreas do corpo com sensação de formigamento e/ou fisgadas;
- diminuição e/ou ausência da força muscular na face, mãos e pés;
- caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Tratamento e diagnóstico
O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos.
O tratamento da doença é realizado com a poliquimioterapia (PQT), que é uma associação de antibimicrobianos recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
No site do Ministério da Saúde, é possível saber mais sobre o assunto.