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PCDT sobre alteração hormonal que atinge homens e mulheres em idade adulta tem texto atualizado
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Hiperprolactinemia, uma das alterações hormonais mais comuns ocorridas tanto em mulheres quanto em homens em idade adulta e fértil, foi atualizado após recomendação favorável da Conitec. A doença é causada pela produção elevada de prolactina, também conhecido como o hormônio do leite humano, uma vez que, entre os sintomas, pode-se verificar a galactorreia - quando há produção de leite pelas mamas (no caso das mulheres, fora do período pós-parto ou de lactação). O Plenário encaminhou o texto de atualização do PCDT (datado de 2015) com critérios para diagnóstico, tratamento e acompanhamento a serem seguidos pelos profissionais do SUS.
A Hiperprolactinemia pode ter causas fisiológicas (gravidez) farmacológicas e patológicas (como tumores ou alterações hepáticas). Ela pode ou não se apresentar com sinais ou sintomas, e pode ou não ser secundária a um prolactinoma, um tumor produtor de prolactina. Esse hormônio é produzido na hipófise, uma glândula localizada na parte inferior do cérebro.
De maneira geral, provoca alterações no ciclo menstrual das mulheres e, nos homens, impotência, disfunção erétil, infertilidade e diminuição da libido. A galactorreia pode ou não estar entre os sintomas.
O diagnóstico leva em conta o histórico do paciente e a apresentação ou não de sintomas para a doença. Exames laboratoriais medem o nível de prolactina no sangue e podem ser complementados com exames de imagem. A identificação de fatores de risco e da doença em seu estágio inicial permite um encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado.
O tratamento não farmacológico consiste em cirurgia e radioterapia.
PCDT
O conteúdo atualizado aponta para a inclusão de dois critérios: paciente que apresente níveis de prolactina elevados e/ou tumor maior de 1cm, ou que apresente sintomas e tenha o tumor. Dos casos especiais incluídos: hiperprolactinemia induzida por medicamentos; hiperprolactinemia na gestação e hiperprolactinemia na insuficiência renal. Além do controle hormonal e sintomático, a redução e o controle do tamanho tumoral também são objetivos do tratamento.
Clique aqui e confira o texto atualizado.
Saiba mais
Em longo prazo, a doença pode ocasionar problemas ósseos em ambos os sexos. Manifestações neurológicas e oftalmológicas são também comuns, representadas principalmente por cefaleia e alterações nos campos visuais.
Sabe-se que vários fatores podem levar uma pessoa a apresentar disfunção na produção desse hormônio, como hipotireoidismo primário (gerado por um problema na tireoide que impede a secreção dos hormônios desta glândula) ou insuficiência renal, por exemplo.
A prevalência da Hiperprolactinemia na população geral é de 0,1%, com taxa de incidência cinco vezes maior nas mulheres do que nos homens, se tornando aproximadamente iguais a partir dos 65 anos de idade.