Notícias
Conitec recomenda incorporação de novo medicamento para tratamento da artrite psoríaca ativa no SUS
Pacientes adultos com artrite psoríaca ativa (AP) têm agora uma nova opção de tratamento na rede pública de saúde. A Conitec encaminhou recomendação favorável a incorporação do tofacitinibe no SUS, para pacientes com AP moderada a grave que não respondem ou são intolerantes ao tratamento prévio com medicamentos modificadores do curso da doença sintéticos ou biológicos. O Plenário considerou que o medicamento possui benefícios semelhantes aos já ofertados no SUS, podendo até mesmo reduzir custos. Por ser um medicamento oral, também há melhor adesão ao processo terapêutico.
Leia aqui a recomendação final.
A artrite psoríaca, também chamada de artrite psoriática ou artrite psoriásica, é uma doença inflamatória crônica associada a pacientes com psoríase – condição que causa lesões avermelhadas e descamativas na pele, na qual as articulações, tendões, ligamentos e superfícies ósseas também são afetadas.
No SUS, os pacientes são tratados de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) publicado em outubro de 2018, no qual estão incluídos o tratamento não medicamentoso e o medicamentoso. O primeiro consiste em práticas como abandono do tabagismo, controle do consumo de álcool e exercícios físicos para proteção das articulações e perda de peso. Já o segundo é indicado para controle de fatores relacionados ao maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, pressão alta, obesidade, colesterol aumentado, diabetes mellitus e distúrbios pulmonares.
SAIBA MAIS
No Brasil, a artrite psoríaca ativa ocorre em maior número nos homens, com idade entre 40 e 50 anos. A doença é consequência de fatores como predisposição genética e resposta alterada do sistema imunológico. Os pacientes possuem maior risco para diabetes mellitus tipo 2, obesidade, pressão alta e doenças cardiovasculares.
O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, impactando diretamente na melhora dos sintomas e na qualidade de vida dos pacientes. Ele é realizado por meio de histórico clínico, exame físico, teste do fator reumatoide com resultado negativo e achados radiográficos. O exame físico inclui a avaliação das articulações e a presença de lesões na pele.