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Conitec publica informe sobre medicamentos em fase de pesquisa e desenvolvimento para o tratamento da artrite idiopática juvenil
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) publicou documento com informações sobre o Monitoramento do Horizonte Tecnológico (MHT) de medicamentos para o tratamento da artrite idiopática juvenil (AIJ). Ainda sem causa conhecida, trata-se da doença reumática crônica mais comum na infância. O MHT é uma etapa específica na Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), que busca identificar tecnologias novas e emergentes no tratamento de diferentes doenças.
Cinco medicamentos aparecem entre as tecnologias abordadas nesse estudo. Leia o material completo aqui.
O informe sobre a AIJ foi elaborado para auxiliar no processo de atualização de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas no tema, publicado em março deste ano pelo Ministério da Saúde. Informações como eficácia e segurança dos medicamentos identificados, fase de pesquisa e situação regulatória foram fundamentais para subsidiar o grupo elaborador, inclusive, para atualizações posteriores das condutas terapêuticas da doença. O conteúdo também se estende a gestores de saúde, que futuramente podem redirecionar as diretrizes de tratamento e assistência à população.
A metodologia do MHT é utilizada por muitos países na organização dos sistemas de saúde e na abordagem do surgimento de novas tecnologias.
AIJ
A artrite idiopática juvenil acomete as articulações, mas pode atingir órgãos como olhos, coração e pele. Informações da Sociedade Brasileira de Reumatologia indicam que fatores imunológicos, genéticos e infecciosos podem estar envolvidos na causa da doença. A principal manifestação clínica da AIJ é a arttrite, com dor, aumento de volume e de temperatura de uma ou mais articulações. O diagnóstico é clínico e baseia-se na presença dos sintomas com duração igual ou maior a seis semanas.
Dados epidemiológicos sobre frequência da artrite idiopática juvenil no Brasil são escassos. De acordo com um estudo realizado no município de São Paulo, realizado com crianças de 6 a 12 anos de idade, a prevalência de AIJ foi de 0,34 a cada mil crianças.
A doença se subdivide em categorias distintas. Cada tipo tem um tratamento específico e o esquema terapêutico pode variar, de acordo com as manifestações clínicas de cada paciente. O tratamento não medicamentoso baseia-se na educação de novos hábitos e rotina, associado a apoio psicológico, fisioterapia e terapia ocupacional. O tratamento medicamentoso envolve a prescrição de glicocorticoides, anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) sintéticos e biológicos e imunossupressores.