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SUS passará a oferecer ácido ursodesoxicólico para colangite biliar
A colangite biliar primária (CBP) é uma doença crônica e autoimune, ou seja, o sistema imunológico da própria pessoa ataca as células saudáveis do fígado, podendo causar cirrose hepática e nos casos mais graves há a necessidade de transplante do órgão. Com tendência de ocorrer na meia idade, a CBP se manifesta de forma assintomática, e por isso, o diagnóstico geralmente é tardio. A maioria dos doentes só desenvolvem sintomas muitos anos após o conhecimento sobre a doença.
Sintomas
Fadiga: muito cansaço, falta de energia para executar as atividades mais simples do dia a dia.
Xantelasma palpebral: pequenos depósitos de gordura logo abaixo da pele que formam pequenas bolsas ao redor dos olhos.
Prurido: coceira no corpo.
Perda de peso, icterícia e desconforto abdominal superior.
Sobre a terapia
O ácido ursodesoxicólico (princípio ativo deste medicamento) é um ácido biliar fisiologicamente presente na bile humana. A terapia inibe a absorção intestinal dos ácidos biliares, aumentando a sua secreção e a eliminação de substâncias tóxicas dos hepatócitos, além de sua ação anti-inflamatória e imunomoduladora. A recomendação inicial da Conitec sobre o medicamento foi pela sua não-incorporação. Contudo, após retorno da consulta pública, considerou-se as contribuições recebidas e o fato do medicamento ser ainda a única opção com indicação registrada em bula para CBP, o que levou o Plenário da Conitec a alterar a recomendação inicial e recomendar a incorporação do medicamento.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União no dia 17 de outubro de 2018. A partir dessa data, há um prazo de 180 dias para a oferta do medicamento à população.
Acesse o relatório técnico da Conitec, com informações detalhadas sobre a análise da terapia, neste link.