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Conitec analisa três antibióticos para tratamento de Hidradenite Supurativa
A Conitec quer saber a opinião da sociedade sobre a incorporação de três opções terapêuticas para o tratamento da hidradenite supurativa: a clindamicina tópica; o cloridrato de tetraciclina e a associação de clindamicina oral e rifampicina. Essas consultas públicas estarão abertas para envio de contribuições até 15 de abril.
A hidradenite supurativa é uma doença de pele, crônica inflamatória, mais frequente em mulheres, que acomete preferencialmente algumas áreas como as axilas, mamas, virilha, genitais e glúteos. É caracterizada pelo surgimento de lesões inflamadas, dolorosas, como nódulos, que podem causar uma série de impactos físicos e sociais. A terapia com antibióticos é indicada no tratamento dessas inflamações. Os três medicamentos em análise podem ser incorporados para essa função.
O primeiro, a clindamicina para uso tópico, é comumente usado no tratamento para os casos leves e moderados da doença, quando não há lesões profundas. A recomendação inicial da Conitec foi favorável à incorporação. Clique aqui e veja o relatório.
Os outros dois medicamentos analisados, a tetracilina e a associação da clindamicina oral e rifampicina, são para uso oral e também tiveram recomendação inicial favorável. Em ambos os casos, a Conitec encontrou limitações nas evidências sobre os benefícios dessas terapias. Isso porque, apesar de comum, a hidradenite é uma doença negligenciada e, por isso, não há tantos estudos e pesquisas que avaliem tecnologias para seu tratamento.
Apesar da pouca evidência, a tetraciclina tem o uso consagrado na prática clínica e vem sendo recomendada em diversas instituições internacionais, por exemplo o Fórum Dermatológico Europeu. Veja aqui o relatório inicial.
Já a associação de clindamicina e rifampicina apresentou resultados gerais positivos, com significativas taxas de melhora das lesões dos pacientes. Veja aqui o relatório inicial.
Como participar
As contribuições enviadas por meio de Consulta Pública podem confirmar ou modificar a recomendação inicial da Conitec. Participe! Basta utilizar os formulários eletrônicos disponíveis no site da Conitec, no link Consultas Públicas.