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Missão Londres: diálogos para o desenvolvimento em saúde
Entre 11 e 14 de junho, profissionais do Ministério da Saúde, representantes dos Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde (DGITIS) / Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) e da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), foram ao Reino Unido para participar do que foi chamada de Missão Técnica a Londres.
A visita fez parte do programa Better Health (Melhor Saúde, em tradução livre) e promoveu diálogo entre os dois países, com o objetivo de discutir possíveis cooperações entre o Reino Unido e o Brasil na área de saúde. A meta é colaborar para o fortalecimento do SUS, buscando sustentabilidade e eficiência nos cuidados de saúde no país.
O encontro incluiu reuniões e visitas técnicas a diversas instituições de saúde britânicas, com o foco na aprendizagem de modelos de avaliação de tecnologias em saúde, precificação de medicamentos e incorporação de novas tecnologias.
Prosperity Fund Brazil: Fundo para a Prosperidade Brasil
O governo do Reino Unido, através do Prosperity Fund (Fundo para prosperidade) destina cerca de 0,7% do PIB do país para investimentos na área de saúde em países em desenvolvimento, e o Brasil é considerado uma prioridade do programa de acordo com o governo britânico. O objetivo é aumentar a expectativa de vida, melhorar a produtividade e os resultados alcançados com o desenvolvimento econômico dos países envolvidos.
A cooperação poderá ser feita em três áreas da saúde: cuidados em saúde primária; aprimoramento de dados e gerenciamento de informações e transformação de pesquisas em inovações em saúde. De acordo com o governo britânico, os resultados esperados com a parceria incluem o aprimoramento profissional, o melhoramento do sistema de gerenciamento em saúde através da análise de dados e a integração de inovações no SUS – contribuindo para o aumento da sustentabilidade e fortalecimento da estruturação do sistema.
Exemplos e capacitação profissional
A comitiva brasileira contou com sete profissionais de órgãos relacionados à saúde pública brasileira. Um deles, o consultor técnico do Ministério da Saúde, Eduardo Freire, acredita que a missão já foi bem-sucedida, independentemente do resultado da parceria. “Como equipe, foi uma oportunidade de crescimento. Conhecemos o funcionamento do sistema de saúde inglês, mantivemos interação com pessoas deste sistema e aprimoramos conhecimentos nos processos de avaliação de tecnologias em saúde numa agência de excelência, que é o NICE (The National Institute for Health and Care Excellence)”.
A servidora Fabiana Raynal, da Coordenação de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde, observou as diferenças entre os sistemas brasileiro e do Reino Unido, e acredita que não falta muito para a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde - Conitec alcançar os mesmos avanços que o NICE.
“O NICE tem muito mais tempo de existência que a Conitec. Eles conseguem incorporar a participação dos pacientes em mais etapas do processo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) do que o que é feito no Brasil hoje. Estes exemplos são importantes para essa troca de experiência, no sentido de aprimorar o processo de ATS da Conitec – que, ao meu ver, em termos comparativos de tempo de experiência e de existência não deixa a desejar em relação ao que é desenvolvido pelo NICE”, completa Fabiana.