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Consulta Pública avalia medicamento para retocolite ulcerativa
Até o dia 21 de janeiro, a população pode enviar contribuições sobre a incorporação do medicamento tofacitinibe
Publicado em
31/12/2019 14h19
Atualizado em
17/08/2022 08h12
Está em avaliação na Conitec a incorporação do tofacitinibe para o tratamento de retocolite ulcerativa moderada a grave. Atendendo à demanda do laboratório produtor do medicamento, a Comissão está avaliando à inclusão da tecnologia para os casos em que o paciente seja intolerante ou não tenha respostas com o tratamento já disponibilizado no SUS.
O tofacitinibe é um medicamento oral, utilizado para reduzir a resposta inflamatória do organismo, diminuindo assim os sintomas da doença. Apesar de serem verificados, nos estudos apresentados, melhorias na qualidade de vida dos pacientes tratados com essa opção terapêutica, foram relatados eventos adversos, como infecções graves, eventos cardiovasculares e cânceres. Por isso, considerando ainda haver incertezas sobre a eficácia e segurança relacionadas ao uso da tecnologia, a Conitec recomendou inicialmente sua não incorporação ao SUS. Leia aqui o relatório preliminar.
Doença Autoimune
A retocolite ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica e autoimune, caracterizada por episódios recorrentes de inflamação que acomete predominantemente a camada mucosa do cólon. Pode ter início em qualquer idade, porém o pico de incidência ocorre dos 20 aos 40 anos.
As causas da doença parecem estar relacionadas a fatores hereditários e a respostas inadequadas do sistema imune.
O sintoma principal da RCU é a diarreia com sangue e cerca de 90% dos pacientes apresentam hemorragia retal. Outros sintomas comuns: cólica abdominal, desejo urgente de defecar, fezes com muco e, em casos mais graves, febre, anemia e emagrecimento.
Tratamento
Recentemente, o Ministério da Saúde incorporou, após recomendação da Conitec, duas tecnologias entre as opções terapêuticas para a doença: os medicamentos infliximabe e vedolizumabe. Além desses, o tratamento ofertado no SUS envolve o uso de aminossalicilatos orais ou por via retal (sulfasalazina e mesalazina), de corticosteroides (hidro-cortisona e prednisona), de imunossupressores (azatioprina e 6-mercaptopurina), e de antibiótico (ciclosporina intravenosa). Uma das opções de tratamento é a retirada total ou parcial do cólon, a colectomia, usada quando os sintomas não forem controlados, ou se não houver melhora com o tratamento convencional.
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