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Conitec avalia medicamento para gestantes vivendo com HIV
Está em avaliação na Conitec uma proposta de alteração no tratamento ofertado no SUS para gestantes que vivem com HIV, ampliando, para essa população, a oferta do dolutegravir. Esse medicamento já está incluído no sistema público para o tratamento de pessoas vivendo com HIV. Contudo, não há indicação para o seu uso durante a gestação. A recomendação inicial da Comissão é favorável à ampliação do tratamento (Leia aqui). Agora o tema segue para receber as contribuições da sociedade.
O dolutegravir é um medicamento antirretroviral, que bloqueia a multiplicação do vírus HIV e, assim, diminui significativamente a quantidade do vírus no sangue. Além de inúmeros benefícios para a saúde do paciente, essa terapia reduz o risco de transmissão da doença. Ele não era indicado para gestantes porque alguns estudos sugeriam que seu uso no início da gravidez poderia estar relacionado à formação de defeitos no tubo neural, causando problemas congênitos no cérebro e na coluna dos bebês. Por isso, para mulheres grávidas ou que pretendiam engravidar, a indicação é o tratamento com o raltegravir.
A Conitec analisou evidências científicas mais recentes e verificou que, em novos estudos, o risco associado ao uso do medicamento é menor que o apresentado inicialmente. O relatório sobre a recomendação inicial da Comissão aponta, inclusive, ser essa a opção terapêutica indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Transmissão de mãe para filho
A transmissão do HIV ocorre quando entramos em contato com sangue ou fluidos infectados. Entre mãe e filho, a transmissão pode ocorrer durante a gestação, no momento do parto ou na amamentação. Para evitar, é necessário iniciar o tratamento com medicamentos antirretrovirais com urgência. Em 2018, 4.026 gestantes vivendo com HIV receberam indicação de tratamento com Terapia Antirretroviral (TARV). Em gestações planejadas e acompanhadas por profissionais de saúde, o risco de transmissão da mãe para o filho é menor que 2%.
Consultas Públicas
As contribuições enviadas durante esta consulta pública podem confirmar ou modificar a recomendação inicial. Para participar, com experiências ou opiniões, acesse aqui; com contribuições técnico-científicas, acesse aqui.