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Laringe eletrônica está disponível no SUS
A decisão pela incorporação da “laringe eletrônica”, forma como o equipamento é chamado, foi publicada no Diário oficial no dia 12 de setembro e estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para atender os pacientes laringectomizados.
Atualmente, o SUS oferece duas alternativas de reabilitação fonatória, a voz esofágica e a traqueoesofágica, as duas estão disponibilizadas no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (SIGTAP) que deixa claro quais instituições tem habilitação para a execução do procedimento e quais são os profissionais autorizados.
Nessa perspectiva, o SUS tem todo o cuidado de identificar as reais necessidades dos pacientes e de seus familiares para direcionar o suporte necessário, como atenção ao acolhimento e acompanhamento psicológico e fonaudiológico, seja pela voz esofágica, pela prótese traqueosofágica ou pela laringe eletrônica.
Sobre as terapias
A voz esofágica, método conhecido como procedimento de reabilitação natural, consiste na utilização do esôfago como reservatório transitório do ar que permite a comunicação verbal sem uso de qualquer dispositivo mecânico ou prótese. Esse método de reabilitação da voz requer mais tempo do paciente, a prática de reabilitação é diária e requer de quatro a seis meses nas sessões de terapia fonoaudiológica.
Voz traqueoesofágica, consiste no uso de uma prótese inserida cirurgicamente na parede que separa a traqueia e o esôfago. Esse mecanismo constitui-se basicamente em uma válvula unidirecional, que permite a passagem do fluxo aéreo pulmonar para o esôfago por meio de oclusão digital do estoma. O procedimento é cirúrgico e pode ser realizado ao mesmo tempo em que é feita a laringectomia total.
Laringe eletrônica é um aparelho movido a bateria recarregável tipo bastão vibrador, posicionando externamente próximo à garganta do paciente. Ele produz uma voz robótica e distante do padrão vocal habitual, porém é perfeitamente compreensível e possibilita maior independência na comunicação.
Prevenção
Entre os fatores de risco mais conhecidos estão o tabaco e o consumo excessivo de álcool, a associação desses hábitos aumentam ainda mais a chance de desenvolver o câncer de laringe. Além disso, má alimentação, estresse e exposição excessiva a produtos químicos são outros fatores de risco associados à doença. Vale lembrar que as frutas e as hortaliças têm assumido posição de destaque nos estudos que envolvem a prevenção do câncer.
Acesse o relatório técnico da Conitec, com informações detalhadas sobre a análise do equipamento, neste link.