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Ministério da Saúde publica o primeiro capítulo da Diretrizes Brasileiras sobre Intoxicação por Agrotóxicos
Falta de ar, fraqueza e suor em excesso; esses são alguns sintomas de intoxicação por agrotóxicos. Em 2017, pouco mais de 13 mil pessoas passaram por situações parecidas, segundo levantamento do Ministério da Saúde, e no ano anterior foram registrados 416 óbitos por intoxicação por agrotóxicos. Não é surpresa que o aumento da quantidade de casos de intoxicação acompanhe a ampliação do uso de pesticidas no país.
De acordo com Censo Agro 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) houve um aumento de 20,4% no uso de agrotóxicos em relação ao censo anterior em 2006; o que representa, em torno de, 1,7 mil produtores fazendo uso de produto nocivo à saúde. A exposição aos produtos agrotóxicos é prejudicial à saúde e pode ocorrer por inalação, ingestão ou contato do produto com a pele e mucosas. Outras fontes de contágio são o ar e a água contaminada, áreas em que foram feitas aplicações e alimentos com resíduos do produto, e, no caso dos profissionais que manipulam e utilizam o produto no dia a dia, há ainda a possibilidade de contaminação através dos resíduos impregnados nas roupas e nos equipamentos de trabalho.
Diante desse contexto, desde 2002, o Ministério da Saúde, através do programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA), incentiva e auxilia os estados na implementação de ações integradas, voltadas para a adoção de medidas de prevenção contra os fatores de risco, promoção e assistência à saúde, para os casos suspeitos de intoxicação exógena por agrotóxicos.
Para auxiliar os profissionais de saúde na escolha das intervenções adequadas para o atendimento de pacientes com intoxicação por agrotóxicos, em 18 de outubro de 2018, foi publicado pelo Ministério da Saúde, o Capítulo 1 da Diretrizes Brasileiras para diagnóstico e tratamento das intoxicações por agrotóxicos . Esse documento apresenta um capítulo inicial abordando os aspectos gerais acerca do paciente com suspeita de exposição aguda a qualquer agrotóxico, incluindo prevenção, diagnóstico e tratamento. Nos capítulos posteriores serão desenvolvidos aspectos relacionados ao diagnóstico e tratamento das intoxicações por inibidores de colinesterase e também um capítulo sobre monitoramento da população cronicamente exposta à agrotóxicos.
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