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Consulta Pública: identificação de deficiências em bebês
Galactosemia
Considerada uma doença que é passada de geração a geração, que afeta principalmente o fígado, os olhos, os rins e a região cerebral, a galactosemia é caracterizada como uma incapacidade do organismo de metabolizar a galactose em glicose. Com objetivo de buscar a opinião da população sobre a inclusão do diagnóstico dessa doença no teste do pezinho, foi publicada na última quinta-feira, 24 de maio, no Diário Oficial da União, consulta pública sobre o tema que ficará aberta até o dia 13 de junho.
A Galactosemia faz parte de um grupo de patologias chamadas de Erros Inatos do Metabolismo (EIM), que são distúrbios de natureza genética. Estima-se que a população brasileira tem a segunda maior incidência do tipo clássico no mundo. As manifestações clínicas apresentadas pelos pacientes galactosêmicos são: vômito, hepatomegalia (aumento do fígado), falhas renais, danos cerebrais, falhas ovarianas, deficiência de aprendizagem e galactosuria (presença de glicose na urina). O tratamento é estabelecido por meio de controle alimentar, evitando a ingestão de galactose e lactose na dieta.
Após análise das evidências científicas não ficou comprovada efetividade e a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), recomendou preliminarmente pela não incorporação do diagnóstico.
Para acessar o relatório inicial de recomendação clique aqui.
Glicose-6-Fosfato Desidrogenase
Mais conhecida como G6PD, é uma enzima presente em todas as células do nosso corpo, auxiliando na produção de substâncias que as protegem de fatores oxidantes. A deficiência de G6PD é a carência dessa enzima. Estima-se que, no Brasil, cerca de 7% da população tenha o problema. Pensando na importância da identicação desse problema no teste no pezinho, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS a (Conitec) torna público a Consulta Pública sobre o tema que estará aberta até 13 de junho.
Já o Teste do Pezinho, também conhecido como triagem neonatal, é um exame laboratorial obrigatório no Brasil realizado através da análise de amostra de sangue coletada no calcanhar do bebê. Com ele é possível a descoberta de diversas doenças, como a anemia falciforme (problema genético que causa alteração na forma das células vermelhas do sangue), hiperplasia adrenal congênita (faz com que a criança tenha uma deficiência hormonal e pode causar a puberdade precoce ou outros problemas físicos), fibrose cística (problema que leva à produção de uma grande quantidade de muco, compromete o sistema respiratório e o pâncreas), entre outras.
Os membros da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), após análise das evidências científicas, recomendaram preliminarmente pela não incorporação devido a não efetividade no diagnóstico.
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Ácido Fólico associado a Dextroalfatocoferol
No Brasil, cerca de 52% das mulheres engravidam sem planejar. O dado é da pesquisa: Nascer no Brasil, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Essencial para a formação do bebê, o ácido fólico é indicado para as futuras mamães. Ele é uma vitamina do complexo B com um papel importante na síntese de ácidos nucleicos. O baixo nível desta vitamina durante a gravidez pode causar a má formação do tubo neural do embrião, pois a sua carência pode afeta a replicação e o crescimento das células embrionárias.
Já o acetato de dextroalfatocoferol (vitamina E) é importante para manutenção funcional e estrutural de diversos órgãos na gestação. E, a junção delas atua na prevenção de distúrbios do tubo neural.
Os técnicos do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologia em Saúde (DGITS) do Ministério da Saúde avaliaram as evidências científicas sobre eficácia e segurança dessa junção, ácido fólico e acetato de dextroalfatocoferol. E as incertezas e baixa comprovação de resultados científicos levaram plenária à concluir pela decisão inicial de não incorporação ao SUS. A população tem até o dia 14 de junho para participar da Consulta.
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Como participar
Basta utilizar os formulários eletrônicos disponíveis no site da Conitec, no link Consultas Públicas. Faça seus comentários e sugestões.