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Museu do Amanhã vence 41ª edição do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica
Um dos principais reconhecimentos a profissionais e instituições que contribuem para a divulgação da ciência brasileira, o prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica é oferecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que premiou este ano o Museu do Amanhã. O reconhecimento se deu pelo trabalho de tornar acessível ao público o conhecimento sobre Ciência, Tecnologia, Inovação e seus avanços e foi escolhido como o melhor na categoria “Instituição ou Veículo de Comunicação”.
Em meio ao cenário desafiador vivenciado por todo o mundo atualmente, a ciência é peça-chave, tornando o trabalho da comunidade científica essencial na linha de frente ao combate à pandemia de Covid-19. A Comissão Julgadora pela decisão do prêmio, justifica que a escolha do Museu do Amanhã se deve ao seu papel fundamental na museologia de ciência no país em área estratégica. “Ele trouxe novos públicos para os museus de ciência e divulgação científica. A instituição investe em exposições, eventos que promovem o debate acerca do impacto da ciência na sociedade e a reflexão sobre o nosso futuro, além de investir na capacitação de divulgadores, professores e estudantes. É importante destacar que o Museu do Amanhã entrou no calendário turístico e educativo da cidade do Rio de Janeiro e no país. No entanto, seu impacto não se restringe à cidade do Rio do Janeiro, pois tem usado as mídias sociais para transmitir suas atividades adequando à linguagem própria destas mídias”.
Para o presidente do CNPq, Evaldo Vilela, o prêmio é um necessário estímulo à divulgação científica e um reconhecimento de sua importância para o desenvolvimento da ciência brasileira. “Por meio de iniciativas como o Museu do Amanhã, levamos as realizações científicas para o grande público, incentivamos jovens e crianças a conhecer e gostar de ciência e aproximamos os pesquisadores e suas realizações da sociedade em geral. Isso é fundamental para que seja compreendida a importância do investimento em pesquisas científicas e tecnológicas e sejam valorizadas as instituições e as pessoas que fazem ciência”, ressaltou.
Ricardo Piquet, presidente do IDG - Instituto de Desenvolvimento e Gestão, responsável pela gestão do Museu do Amanhã, enfatiza que o equipamento atrai um público que não costumava frequentar museus e que isso valoriza ainda mais o trabalho da equipe de tornar a ciência mais acessível e atraente. “O prêmio nos coloca na galeria de grandes instituições de ciências, de grandes pesquisadores e comunicadores. É uma honra ter esse reconhecimento de uma instituição como o CNPq por compartilharmos conhecimento, de forma inovadora, com a população em geral, especialmente num ano em que a ciência passou a fazer parte do dia a dia das pessoas, provando ser fundamental para a nossa existência”, reforçou Piquet.
Em 2020, quando boa parte do país entrou em quarentena, o Museu do Amanhã criou uma série de programas para se manter conectado e em diálogo com o seu público, entre os quais o “Amanhãs Aqui e Agora”, série de conversas com a presença de cientistas, psicanalistas, economistas, ambientalistas, artistas e especialistas em diversas áreas. Os temas do ano na curadoria, como as emergências climáticas, os oceanos e a biodiversidade, passaram a ser analisados sob o prisma do Coronaceno, que aponta para vastas transformações que a civilização enfrenta no Antropoceno - era em que as ações da humanidade modificam a natureza a tal ponto que põem em risco a sua própria sobrevivência.
Na reabertura, depois de seis meses de pandemia, o Museu do Amanhã atualizou a sua exposição de longa duração para apresentar aos seus visitantes novas informações sobre o coronavírus. Vídeos novos com depoimentos de especialistas, fotos e dados viraram referência para o público. Além do conteúdo, a mensagem de que a ciência e a educação salvam vidas foi explicitada na forma como o museu promoveu a volta do público, com sinalização sobre o distanciamento social, a obrigatoriedade do uso de máscara e a orientação dos educadores para que as pessoas respeitassem as regras e o protocolo sanitário exigido para conter a pandemia.
Em março de 2021, o museu inaugurou a exposição temporária “Coronaceno - Reflexões Em Tempos de Pandemia”, um convite ao público para refletir sobre como a influência humana e a globalização foram fundamentais na disseminação do novo coronavírus. O tour virtual da mostra está disponível no https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/0/story/9gVhS6T56XCs0w
Com mais de 4,5 milhões de visitantes em cinco anos de existência, o Museu do Amanhã tem uma narrativa estruturada em cinco áreas (Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós), num percurso que propõe ao visitante refletir sobre cinco questões: de onde viemos, quem somos, onde estamos, para onde vamos e como queremos ir. Com base em evidências científicas e dados fornecidos por instituições e centros de ciência de todo o mundo, o museu oferece uma visita informativa, lúdica e interativa, através de vídeos, jogos, fotos e instalações.
Sobre o Museu do Amanhã
O Museu do Amanhã é um museu de ciências aplicadas que explora as oportunidades e os desafios que a humanidade terá de enfrentar nas próximas décadas a partir das perspectivas da sustentabilidade e da convivência. Inaugurado em dezembro de 2015 pela Prefeitura do Rio, é um equipamento cultural da Secretaria Municipal de Cultura, que opera sob gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu já recebeu mais de 4 milhões de visitantes e conta com o Banco Santander como patrocinador máster, a Shell Brasil como mantenedora e uma ampla rede de patrocinadores que inclui IBM, Engie, Globo e Lojas Americanas, além do apoio de B3, EMS, EY, Booking.com, Carrefour e CSN. O Museu foi originalmente concebido pela Fundação Roberto Marinho.
Sobre o Prêmio
O Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica é individual e é atribuído em um sistema de rodízio a uma das três categorias: "Jornalista em Ciência e Tecnologia", "Instituição ou Veículo de Comunicação" e "Pesquisador e Escritor". A sua criação, em 1978, representa uma homenagem ao médico, pesquisador, jornalista e educador, José Reis, que conseguiu aliar uma importante carreira como pesquisador de renome internacional ao trabalho de explicar ciência de modo didático por meio da imprensa.
A diversidade dos vencedores - entre os quais veículos de comunicação, instituições de pesquisa, equipes de programas de televisão, além de pesquisadores e seus trabalhos individuais - comprova a importância do Prêmio José Reis para motivar a criação dos mais diferentes mecanismos de divulgação científica e tecnológica.
A premiação desta 41ª edição acontecerá em cerimônia virtual durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a ser realizada de 2 a 8 de outubro de 2021 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Para mais informações:
Tatiana Garritano - tatiana.garritano@atomicalab.com.br - (21) 98283-5039
Mariana Galiza – comunicacao@cnpq.br