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Programa 25 Mulheres na Ciência: América Latina, da 3M, contempla oito pesquisadoras brasileiras, incluindo bolsistas do CNPq
A terceira edição do programa 25 Mulheres na Ciência: América Latina , lançado pela 3M, premiou oito pesquisadoras brasileiras cujos projetos envolvem questões ambientais e de saúde. Entre elas, há uma bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e mais quatro que recebem, deste Conselho, bolsas de diferentes níveis. Ao lado de cientistas do Chile, México, Colômbia e Costa Rica também contempladas, elas farão parte de uma plataforma de visibilidade científica, com a inclusão de seus projetos em um livro comemorativo (clique na imagem abaixo e acesse).
As pesquisadoras brasileiras premiadas, provenientes de sete estados da Federação, são a bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, Renata Libonati , do Centro de Ciências Matemáticas e Natureza, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Patrícia Severino , do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Tiradentes; Giana Lima , da Faculdade de Odontologia, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Larissa Anjos , professora de Geografia e doutoranda na área pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Caroline Maria Bezerra de Araújo , bolsista de pós-doutorado no exterior do CNPq; Bárbara Maria Ribeiro Guimarães de Oliveira , bolsista de Desenvolvimento Científico Regional do CNPq; e as bolsistas de doutorado do CNPq, Dominique Rubenich , da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Valéria Vidal de Oliveira , da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O anúncio das vencedoras da terceira edição do programa da 3M foi realizado em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência 2023, que aconteceu em 11 de fevereiro último.
As vencedoras brasileiras (da esquerda para a direita, de cima para a baixo): Valeria Vidal de Oliveira, Renata Libonati, Patrícia Severino, Bábara Maria Ribeiro Guimarães, Caroline Maria Bezerra de Araújo, Dominique Santos Rubenich, Giana da Silveira Lima e Larissa Cristina Cardoso dos Anjos.
Segundo a pesquisadora Renata Libonati, uma das contempladas, o prêmio é um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelas agraciadas e potencializa a inspiração de jovens pesquisadoras, estimulando-as a ingressar na área. A professora Renata Libonati criou um sistema de alerta rápido de queimadas e incêndios florestais por meio de satélite, que é aliado contra a destruição de ecossistemas brasileiros no cerrado, no pantanal e na Amazônia. “Para mim foi uma honra receber esse prêmio. O significado desse prêmio é importante porque abre novas oportunidades para a divulgação dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos por essas mulheres, abrindo possibilidades de uma ampliação desses projetos, de obtenção de recursos”, diz ela, salientando a dificuldade encontrada pelas cientistas na obtenção de apoio financeiro, tanto público quanto privado. “Esse prêmio para mim é importante porque, de certa forma, mostra que ciência não está restrita apenas ao mundo acadêmico, mas que a ciência brasileira também está voltada para a solução dos problemas práticos da sociedade e do meio ambiente no Brasil”, completa ela. A pesquisadora lembra, ainda, a lacuna de gênero existente nas áreas incluídas sob a sigla STEM (em português, Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Para ela, o pequeno número de mulheres cientistas nessas áreas do conhecimento reduz a possibilidade de progresso, de inovação e de novos olhares para enfrentar os desafios atuais e futuros da sociedade. “A igualdade de gênero na ciência, ao meu ver, impulsiona mais progresso, mais possibilidade de inovação”, salienta Renata Libonati.
O programa da 3M objetiva ampliar a visibilidade das mulheres em iniciativas científicas, além de inspirar meninas, jovens e mulheres de países latino-americanos a estudar as disciplinas STEM. O programa também reforça a importância da participação de mulheres em áreas majoritariamente dominadas por homens. Segundo dados da UNESCO, as mulheres representam apenas 35% das que buscam o ensino superior em STEM em todo o mundo, e são menos que 30% dospesquisadores. O desequilíbrio de gênero limita as possibilidades de inovação e de novas perspectivas para solucionar desafios atuais e futuros. “A 3M acredita no poder da ciência para a resolução de qualquer desafio e na diversidade como motor para a inovação. Reconhecer mulheres que se dedicam ao campo científico é uma forma de inspirar novas gerações sobre caminhos profissionais na ciência e mostrar que, espaços preenchidos atualmente em sua maioria por homens, podem e devem ser ocupados com perfis mais diversos, contribuindo com o desenvolvimento de um ecossistema equilibrado, bem como com uma sociedade inclusiva”, completa Marcia Ferrarezi, gerente técnica da 3M e líder do WLF-Tech (Technical Women Leadership Forum, em português, Fórum de Liderança Técnica Feminina) da área técnica da 3M para a América Latina.
Como nas edições anteriores, as concorrentes desta edição deveriam se enquadrar nos requisitos estabelecidos pela 3M, como ser formada e/ou residente em um país latino-americano; ser autora ou ter participado na liderança de pelo menos um projeto com ao menos um protótipo/piloto de teste da ideia de inovação com base em STEM; possuir documentação que validasse a propriedade intelectual e/ou a fé do projeto inscrito e, por fim, apresentar interesse em dar visibilidade à ciência a partir de uma perspectiva feminina, apoiando o empoderamento das mulheres no campo das disciplinas STEM. O júri que avaliou as candidaturas foi formado por representantes da área de Pesquisa & Desenvolvimento da 3M na região, e convidados externos com experiência nas áreas de ciência, pesquisa, inovação, sustentabilidade e empreendedorismo.
Entre os critérios avaliados estavam: o potencial de impacto social direto ou indireto na região, inovação e viabilidade do projeto; a maturidade da ideia demonstrada pelos resultados dos testes/pilotos iniciais; a capacidade e experiência da candidata para desenvolver o projeto apresentado, problemas a serem resolvidos, inovação e/ou solução; e o impacto a nível local e/ou na comunidade após a implementação. A 3M conta com cerca de 3,3 mil funcionários no Brasil, onde mantém três fábricas, localizadas no estado de São Paulo, além da empresa 3M Manaus, instalada no Amazonas. Em 2021, ela alcançou no país faturamento bruto da ordem de R$4,6 bilhões.
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