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Pesquisador do CNPq compõe equipe que descobre o maior dinossauro do Brasil
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Prof. Alexander Wilhelm Armin Kellner participou do projeto que descreveu recentemente o maior dinossauro já conhecido no Brasil: o Austroposeidon magnificus. Com cerca de 25 metros de comprimento, o animal viveu em território brasileiro há 70 milhões de anos alimentando-se de plantas.
O Prof. Kellner. dedica-se ao estudo de fósseis de vertebrados desde a década de 1980, quando se formou em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente como Bolsista de Produtividade do CNPq, na área de Paleozoologia, desenvolve diversos projetos com apoio do CNPq e também de outras agências de fomento.
O projeto que resultou nessa descoberta conta com o trabalho de uma rede de pesquisadores de várias instituições - Museu de Ciências da Terra, Museu Nacional/UFRJ, Petrobrás e da Universidade Federal de Pernambuco (UFP) - é fruto, também, da Bolsa de Produtividade nível 1B que o professor recebeu do CNPq que, dentre outros objetivos, envolvia o estudo e descrição de material fóssil que se encontrava depositado no Museu de Ciências da Terra (CPRM) do Rio de Janeiro.
O material descrito foi encontrado pelo paleontólogo já falecido, Llewellyn Ivor Price, durante a abertura de uma estrada nas proximidades de Presidente Prudente (SP), na década de 50. O diretor do Museu de Ciências Terra, Diógenes Campos, explica que a demora entre a descoberta e a descrição deu-se porque, à época, não havia material bibliográfico suficiente para comparação. "Para se ter uma ideia, este é apenas o 9º fóssil de dinossauro descrito no Brasil e o 23º de todos já descritos", explicou Campos.
Diógenes Campos apontou que descobertas como essas permitem uma maior compreensão da ecologia do passado, permite entender o processo de desaparecimento da espécie e ajuda a pensar formas de evitar novos desaparecimentos.
O diretor ressaltou, ainda, a importância do apoio das agências de fomento - a pesquisa foi parcialmente financiada pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), além do CNPq - para a união de esforços em uma rede de pesquisa.
"A descoberta de Austroposeidon não apenas contribui com novas informações anatômicas e evolutivas para os dinossauros, mas também mostra que espécies gigantes também reinavam no Brasil, há milhões de anos", complementa Kellner.
O fóssil ficará, agora, em exposição permanente no Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro.
Serviço
Museu de Ciências da Terra
Endereço:
Avenida Pasteur, 404 - Urca, Rio de Janeiro/RJ - CEP.: 22290255.
Horário de Funcionamento:
As visitas podem ser feitas de terça a domingo, das 10h às 16h.
Atendimento:
A entrada é gratuita. A visita de grupos deve ser agendada por telefone.
Contato:
Telefone: (21) 2546-0257 / (21) 2295-7596
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações do CPRM
Divulgação/CPRM
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