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Pesquisa apoiada pelo CNPq defende o direito de acessibilidade ao cinema da pessoa com deficiência visual
O estudante ficou interessou pelo tema enquanto trabalhava em uma campanha para inclusão de pessoas com deficiência. Segundo estimativas do apresentadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, aproximadamente 35 milhões de brasileiros tem algum tipo de deficiência visual.
De formação publicitária, Normandi escolheu o design como campo de estudo, pois, na percepção do pesquisador "a publicidade orienta sua atuação no sentido do produto ao ser humano", defende. Utilizando a pesquisa com abordagem qualitativa, enfoque exploratório e descritivo partiu de perguntas simples como "quais dificuldades um cego enfrenta no processo que envolve a experiência de assistir um filme no cinema?", "o que diz a legislação brasileira sobre a inclusão de deficientes visuais a conteúdos culturais?" Para formular sua dissertação e apresentar sua posição.
O especialista identificou que a maioria das ferramentas, atuais, de design não contemplam o deficiente visual, pois, são dependentes aos estímulos visuais, o que impossibilita a interação de pessoas com severa deficiência. "É preciso encontrar novas ferramentas e procedimentos para desenvolver produtos e serviços orientados a pessoas com múltiplas deficiências".
Engajamento com inclusão
Na conclusão de sua dissertação, o autor defende que, para incluir o deficiente visual no mundo do cinema, é preciso reconsiderar os processos envolvidos no cotidiano das salas de cinema. Tudo passa pela adaptação de uma linguagem accessível, pelo treinamento de profissionais que entendam as dificuldades envolvidas pelas pessoas portadoras de deficiência, pela garantia de mobilidade e transporte urbano confortável e seguro para o deslocamento desse público, pela sensibilização dos agentes que financiam, produzem, distribuem e exibem os filmes e, em especial, pela aplicação e fiscalização de leis e normas de inclusão.
A dissertação de mestrado foi orientada pela professora Cibele Haddad Taralli, do Departamento de Projetos da FAU/USP.
Coordenação de Comunicação do CNPq
Divulgação/Diego Normandi
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