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PELD 20 Anos - Rede Abrolhos realiza Exposição Interativa no Aniversário do PARNAMAR Abrolhos
A Rede Abrolhos prestigiou as comemorações dos 34 anos de criação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, levando até o sul da Bahia uma exposição sobre os ecossistemas recifais da região. Entre 17 e 21 de abril de 2017, a população da cidade de Caravelas e de vilarejos vizinhos conferiu parte dos resultados das pesquisas desenvolvidas pela Rede no Banco dos Abrolhos.
A Rede é um grupo de pesquisa contemplado pelo Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e de nove universidades brasileiras (UFES, URFJ, UFPE, UFRRJ, UNIFESP, UFABC, UFF, USP e UENF).
As pesquisas realizadas pela Rede Abrolhos contam com o apoio financeiro das principais agências públicas de fomento: além do CNPq, CAPES, FAPERJ e FAPES. A Rede executa, ainda, recursos da ANP/Brasoil por meio de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento.
Idealizada pelo pesquisador associado do JBRJ Fernando Moraes, a exposição destaca aspectos da biodiversidade e das formações coralíneas, que foram apresentadas para crianças, jovens e adultos através de mostras de exemplares da fauna e flora marinha, fotografias ampliadas e equipamentos científicos. Ela faz parte do planejamento estratégico traçado na segunda fase de execução do PELD Abrolhos (2017-2019). Com isso, contribui-se também para o desenvolvimento de uma consciência ambiental na população em prol do uso sustentável e da conservação dos recursos naturais do maior complexo coralíneo do Atlântico Sul.
"As atividades desenvolvidas em abril de 2017 tiveram a finalidade de envolver a população local e promover uma valorização das iniciativas que visem o cumprimento dos objetivos de criação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, como a geração de conhecimento e educação, o turismo sustentável e a contribuição em manter peixes e outras espécies protegidas, beneficiando inclusive a pesca nas regiões adjacentes à Unidade de Conservação", destacou o analista ambiental do ICMBio Fernando Repinaldo, diretor do PARNAMAR Abrolhos. "Nesse sentido, a geração de conhecimentos é uma das atividades notáveis realizadas na região dos Abrolhos, que abriga a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. Contar com a participação da Rede Abrolhos em atividades socioeducativas e culturais realizadas junto à comunidade pesqueira, o público escolar, os moradores e os turistas foi de grande valia para apresentar de forma lúdica e interativa um pouco dos resultados científicos gerados", complementou Repinaldo.
Diversas espécies de algas calcárias, corais, esponjas, crustáceos, moluscos e peixes foram exibidas ao grande público, oportunizando aos cidadãos um contato diferenciado com a vida marinha da região. Todo este material mantido na coleção da Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional-UFRJ, é emprestado regularmente para professores da rede pública e privada de ensino. Dentre estes exemplares, destacaram-se alguns provenientes do monitoramento marinho dos impactos do despejo de rejeitos de minério da SAMARCO no Rio Doce, que foram coletados em abril de 2016 a bordo do Navio de Pesquisas Soloncy Moura, do Ministério do Meio Ambiente. Corais endêmicos, que são encontrados apenas nesta região, assim como rodolitos, nódulos carbonáticos formados majoritariamente por algas calcárias, puderam ser manuseados pelo público, potencializando a fixação das informações passadas pelos pesquisadores, alunos e técnicos presentes.
Uma exposição com 40 fotografias, selecionadas do acervo de mais de 90 mil imagens científicas da Rede Abrolhos, foi produzida especialmente para a ocasião. Ambientes pouco conhecidos, como o maior banco de rodolitos do mundo, as Buracas e os recifes mesofóticos, entre outros, foram apreciados pelo público, que se mostrou bastante receptivo e entusiasmado com a iniciativa. Imagens aéreas e submarinas dos diferentes ambientes que compõem o mosaico recifal da região levaram cores e formas peculiares do sul da Bahia e norte do Espirito Santo para cerca de 1.500 pessoas em diferentes espaços públicos, como a quadra de esportes, a escola estadual de ensino médio e o cais municipal.
Equipamentos de ponta utilizados para captação de imagens submarinas e aéreas dos recifes rasos e profundos do Banco dos Abrolhos, incluindo um drone e um robô (ROV), foram expostos e aguçaram a curiosidade principalmente dos jovens. Outra atração de destaque foi o mergulhador científico montado sobre um manequim com diversos itens do equipamento dos pesquisadores. Para uma região que tem nas atividades de mergulho uma importante fonte de renda, tanto para pesca como para o turismo, conhecer de perto como um sistema de mergulho autônomo funciona foi enriquecedor.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações do JBRJ