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MCTI vai promover grande programa de qualificação em TICs, diz ministra no Senado
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou nesta quarta-feira (17) que um programa de qualificação será implementado para enfrentar o déficit de profissionais na área de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). Segundo ela, esse déficit pode chegar a 500 mil profissionais até 2025.
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
“Nós temos que garantir a capacitação nas tecnologias emergentes, como inteligência artificial, segurança cibernética e computação quântica, pela importância estratégica dessas novas ferramenta”, disse a ministra Luciana Santos durante audiência pública conjunta realizada pelas comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática; de Educação; e de Infraestrutura do Senado.
A ministra citou o programa Residência em TIC que está capacitando 40 mil profissionais e entrará em uma nova fase para formar mais 15 mil nas áreas de computação em nuvem, big data, segurança cibernética, Internet das Coisas, manufatura avançada, robótica e inteligência artificial. O objetivo é preparar o maior número possível de profissionais para desenvolver soluções para a indústria e para a transformação digital no Brasil.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, que acompanhou o debate, esclareceu a questão de um internauta a respeito do reajuste das bolsas da modalidade PCI (Programa de Capacitação Institucional). “As bolsas PCI são sustentadas pelos recursos do FNDCT. E eram esses recursos que tinham sido contingenciados, e estava na medida provisória do governo Bolsonaro que contingenciou os fundos. Nós agora recuperando, então, teremos recursos para aumentar o valor das bolsas PCI. Foi uma consequência da ação do governo anterior”. Questionado sobre a previsão de pagamento, Ricardo Galvão explicou que está vendo o quanto de recurso tem do FNDCT para fazer o aumento. “ Estamos vendo direitinho quanto tem de recurso do FNDCT e esperamos ainda esse semestre para poder fazer um aumento”, finalizou o presidente.
Foto: Roberto Muniz
Reator Multipropósito
A ministra disse ainda que o MCTI vai retomar o projeto de construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) em Iperó (SP), um investimento de US$ 500 milhões. Indagada pelo presidente da CCT, senador Carlos Viana (Podemos-MG), sobre a cooperação com a Argentina, ela explicou que as parcerias são estratégicas para a política externa, e o Brasil não está em desvantagem.
“A política externa brasileira trabalha com o espírito de cooperação, aproveitando a expertise de outros países e fazendo trocas de experiências tecnológicas”, ressaltou. “Não temos a experiência de um projeto de reator multipropósito, e a Argentina é capaz de desenvolvê-lo. O Brasil tem um grande ganho com essa parceria. A Argentina andou muito mais rápido que o Brasil”, acrescentou Luciana Santos, destacando que a parceria com o país vizinho tem mais de uma década.
Fonte: MCTI