Notícias
Coordenadores e agências discutem os impactos de chamada sobre tecnologia de Smart Grids
Aberta, na manhã desta terça-feira, 23, a reunião de avaliação e acompanhamento da Chamada MCTI/CNPq/CT-ENERG No. 33/2013 - Tecnologias em Smart Grids , na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. "O CNPq está trabalhando para que façamos mais avaliações de impacto dos resultados das chamadas enquanto política pública", reforçou o Diretor Substituto de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Alexandre Garcia.
A reunião será realizada em dois dias - 23 e 24 de agosto - e conta com a presença dos coordenadores de projetos contemplados pela chamada, do Coordenador-Geral de Tecnologias Setoriais da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério de Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Eduardo Soriano Lousada, e de Florian Remann, da Cooperação Internacional da Alemanha ( Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit - GIZ ), além de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE).
Com 13 projetos aprovados, a Chamada foi lançada em "um cenário promissor de mercado, com 170 projetos em andamento de pesquisa e desenvolvimento", como lembrou Eduardo Soriano durante a abertura.
Soriano ressaltou que a ação se deu no âmbito da parceria do Ministério com a ANEEL para atender necessidades ainda existentes para a pesquisa em Smart Grids no Brasil, como estruturar o conhecimento, gerar recursos humanos capacitados e equipar laboratórios.
Hoje, segundo Alexandre Garcia, algumas cidades brasileiras, como Brasília, já contam com a tecnologia em Smart Grids em algumas casas, reintroduzindo energia na rede de abastecimento local. Mas ainda há muito para crescer. Garcia apontou que o país não pode continuar contando com a sorte de ter um clima favorável e lidar com o risco de crises energéticas por conta de questões climáticas como aconteceu em 2015.
Como apontou Eduardo Soriano, as pesquisas no Brasil tinham um foco muito grande na medição inteligente. Mas as necessidades são maiores que essa. Por isso, a Chamada elencou temas específicos para financiamento: a) Desenvolvimento de equipamentos que integram as Redes Elétricas Inteligentes (medidores, chaves, transformadores, disjuntores, sensores, etc); b) Desenvolvimento de equipamentos de manutenção e diagnóstico para Redes Elétricas Inteligentes; c) Qualidade de energia em Redes Elétricas Inteligentes; d) Tarifação de energia em Redes Elétricas Inteligentes; e) Redução de perdas comerciais e técnicas em Redes Elétricas Inteligentes; f) Segurança de informação em Redes Elétricas Inteligentes; g) Eficiência e sustentabilidade de Redes Elétricas Inteligentes; e h) Operação de Redes Elétricas Inteligentes.
O especialista em regulação da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética - SPE (ANEEL), Márcio Venício Pilar Alcântara, fez uma apresentação com a visão da agência sobre o Smart Grids. Para Alcântara, o Brasil precisa investir em redes mais eficientes e seguras, evitando os mini apagões, recorrentes em alguns estados brasileiros. Aumentar a fiscalização evitando furto e roubo de energia, que causam grandes prejuízos para as distribuidoras.
"Smart Grids pode proporcionar através do redirecionamento do fluxo de energia uma melhora na qualidade dos índices de apagões e reduzir as perdas de energia elétrica com a introdução da medição inteligente", disse Márcio Alcântara.
Segundo ele, para solucionar esses problemas é preciso desenvolver soluções próprias.
"Não é possível, simplesmente, importar soluções de outros países e tentar introduzir ela no Brasil. Por isso é extremamente importante o desenvolvimento de pesquisas desse tema voltado para o Brasil".
Também participou da abertura Carlos Frees, Lider de Projeto Smart Grid da Agencia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Nelson Fonseca Leite, Presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE).
O evento segue até o final do dia de amanhã, 24. Confira a programação completa aqui .
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Marcelo Gondim