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Ciência brasileira protagoniza série de documentários na Discovery Brasil
A partir da meia noite desta segunda-feira, uma série da Discovery Channel apresentará grandes projetos científicos do Brasil que estão em desenvolvimento em instituições nacionais de pesquisa vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e com a participação de bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O "Brasil Ciência" exibirá episódios sobre o Satélite Geoestacionário, um projeto da Agência Espacial Brasileira (AEB); o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e o Projeto Sirius, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM); o Supercomputador Santos Dumont, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC); o Navio Hidroceanográfico Vital de Oliveira, da Marinha do Brasil; e a Torre Atto, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
Os documentários originais da Discovery Brasil terão 50 minutos de duração e serão exibidos à meia-noite, com reprises em horários alternativos, até sexta-feira (16).
Torre Atto
No primeiro episódio, o público vai saber mais sobre a Torre Atto, um dos mais importantes projetos de pesquisa do mundo sobre mudanças climáticas. Instalada no meio da floresta amazônica, o Observatório da Torre Alta de Observação da Amazônia (Atto, na sigla em inglês) tem 325 metros de altura, o que equivale a um prédio de 80 andares, e é a maior torre de estudos climáticos do mundo. A expectativa dos pesquisadores é que a torre monitore o clima na Amazônia por um período de 20 a 30 anos com a coleta de dados sobre os processos de troca e transporte de gases entre a biosfera e a atmosfera. O projeto tem como coordenador brasileiro o bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, Antonio Manzi, do INPA.
Projeto Sirius
O episódio sobre o LNLS, responsável pela construção do novo acelerador de elétrons brasileiro, Sirius, irá ao ar à meia noite, de terça para quarta-feira. O Programa irá mostrar como o Sirius permitirá a realização de experimentos hoje impossíveis no País, abrindo novas perspectivas de pesquisa em física, química, biotecnologia, ciência dos materiais, nanotecnologia, ciências ambientais e muitas outras áreas. Dois exemplos de pesquisa com luz síncrotron conduzem o episódio: o desenvolvimento de nanopartículas para combater o câncer e a produção de organóides humanos, um exemplo de avanço na área de métodos alternativos ao uso de animais. Esses estudos são realizados em parceria com o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) e Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), também integrantes do CNPEM, e ilustram a agenda transversal de pesquisa presente entre os Laboratórios Nacionais do Centro, que conta ainda com o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE).
José Roque, diretor do LNLS e do projeto Sirius lembra que o CNPq esteve presente desde os primórdios da história do laboratório, em meados da década de 80, quando defendeu e apoiou a ideia e, posteriormente, o projeto da construção da primeira - e até hoje, única - fonte de luz síncrotron no País. "Desde então, a instituição tem dado um apoio importante para o sucesso do modelo multiusuário que caracteriza o LNLS, por meio do financiamento das investigações de boa parte dos pesquisadores que utilizam as nossas instalações. Além disso, o CNPq cumpre, desde os primórdios do LNLS, um papel essencial ao apoiar a realização de eventos científicos e a capacitação dos nossos usuários, de modo a consolidar uma comunidade de pesquisadores apta a utilizar as futuras e modernas instalações do Sirius", completa.
O pesquisador do CNPEM, Mateus Cardoso, reforça: "O CNPq sempre contribuiu com o grupo concedendo bolsas de estudo e pesquisa além de recursos financeiros repassados através dos Projetos Universais".
Supercomputador
No terceiro dia, a ciência brasileira também possui o maior e mais potente supercomputador da América Latina, o Santos Dumont. Localizado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), é capaz de realizar um quatrilhão de operações matemáticas por segundo. Sua velocidade de processamento de dados permite acelerar os resultados e apoiar pesquisadores de todo o país.
Navio Hidroceanográfico
À meia noite de quinta-feira, o telespectador poderá conhecer como funciona um dos mais modernos navios de pesquisa hidroceanográfica do mundo, o Vital de Oliveira. Equipada com o que há de mais moderno, a embarcação terá reflexo direto na ampliação da geração de conhecimento sobre o ambiente marinho na região do Atlântico Sul, no desenvolvimento de tecnologias e inovação em produtos e serviços, na redução da vulnerabilidade e dos riscos decorrentes de eventos extremos e das mudanças climáticas sobre a zona costeira e na formação de recursos humanos ligados à pesquisa científica marinha.
Satélite Geoestacionário
No último episódio da temporada, a série mostrará que o Brasil está perto de lançar na órbita terrestre o seu primeiro Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O equipamento, construído com vários itens de tecnologia brasileira, vai possibilitar a conexão em banda larga em todo o território nacional e garantir a soberania em comunicações estratégicas. O satélite, uma parceria entre o MCTIC e o Ministério da Defesa com investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões, já foi entregue ao governo brasileiro e deve ser colocado em órbita em março de 2017. Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo o território brasileiro e o Oceano Atlântico.
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Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações do MCTIC e do CNPEM
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