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CA Multidisciplinar de Saúde divulga critérios para julgamento de bolsas PQ
Reunidos na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) nas duas últimas semanas de Outubro, os Comitês de Assessoramento (CAs) julgaram milhares de pedidos de Bolsa de Produtividade em Pesquisa (PQ), Auxílio à Realização de Eventos (ARC) e Bolsas no País e Exterior.
O encontro reuniu 300 pesquisadores de 48 áreas do conhecimento e teve como resultado não só os pedidos aprovados, mas, também, uma avaliação do processo de julgamento, como o relatório produzido pelo CA Multidisciplinar de Saúde, composto pelos professores Brasília Maria Chiari (Unifesp), Débora B. Grossi (USP); Fernanda D. Fernandes (USP), Leslie P. Ferreira (PUC-SP), Marco Túlio de Mello (UFMG), Pedro C. Hallal (UFPEL) e Sérgio T. Fonseca (UFMG).
O CA Multidisciplinar de Saúde reúne as áreas de Educação Física, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia. Hoje, as bolsas estão divididas da seguinte forma: a Educação Física possui atualmente 85 bolsas vigentes, a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional possuem 65 cotas e a Fonoaudiologia tem 51 bolsas PQ.
As bolsas da Educação Física estão distribuídas entre oito estados da Federação, sendo que 40% estão alocadas a docentes do estado de São Paulo. As bolsas da Fisioterapia e Terapia Ocupacional estão alocadas a pesquisadores de sete estados, sendo que 63% dos bolsistas trabalham no estado de São Paulo. Na Fonoaudiologia, as bolsas estão concentradas em seis estados, sendo 71% delas alocadas a pesquisadores vinculados a instituições paulistas.
Do total de bolsas do CA, 62,5% são de nível 2, 18,5% são 1D, 5,5% são 1C, 8,5% são do nível 1B e 5,0% são do nível 1A. Estes percentuais estão em desacordo com as normas do CNPq, que sugerem 10% das bolsas nos níveis 1A e 1B e 50% no nível 2.
Segundo o documento, o objetivo é esclarecer sobre os critérios adotados pelo CA para a concessão de bolsas PQ, distribuídas anualmente pelo CNPq, que define critérios mínimos para ingresso em cada nível. Segundo o CA, esses critérios mínimos são condicionantes para que os pedidos sejam considerados e colocados para avaliação dos critérios específicos do Comitê. Sendo assim, foram eliminados, por exemplo, pesquisadores com atuação predominante em outras áreas ou que não atingiam os critérios mínimos de orientação e produção científica.
Os critérios que o CA Multidisciplinar de Saúde utilizou neste momento foram cinco, com os seguintes pesos: produção científica no período avaliado (35%), orientações (25%), índice H do Institute for Scientic Information - ISI (20%), média de citações por artigo, calculada a partir da base Scopus (15%) e projeto de pesquisa submetido (5%).
Como resultado final, o relatório aponta que foi possível atender 30% da demanda da Educação Física, 31% da demanda da Fisioterapia e Terapia Ocupacional e 49% da demanda da Fonoaudiologia. ¿Tais números comprovam a competividade do sistema e estimulam esse CA a buscar o aprimoramento dos critérios de avaliação continuamente¿, aponta o documento.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq