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SinBiose realiza 1ª reunião do Comitê Consultivo
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizou nesta quinta-feira, 24, a primeira reunião do Comitê Consultivo do Centro de Sínteses em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose). O Centro foi criado em 2019, em uma parceria liderada pelo CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Confederação Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP). A primeira chamada do SinBiose, lançada no ano passado, contemplou 7 projetos, atualmente em andamento.
Na reunião, o Presidente do CNPq, Evaldo Vilela, que preside o Comitê, ressaltou o pioneirismo do CNPq na concepção de um centro de sínteses, lembrando da atuação importante, desde o início, do então Diretor do CNPq, Marcelo Morales, hoje Secretário de Secretário de Politicas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações (MCTI).
Para Vilela, o SinBiose é uma referência para o CNPq adotar em suas iniciativas. "O centro é emblemático na medida que ele inova, é uma estrutura interdisciplinar, verdadeiramente, e que projeta uma ação importantíssima para o CNPq dar continuidade em todas as suas iniciativas", apontou, ressaltando a necessidade de superar a ideia de áreas quando falamos de evolução do conhecimento. "Precisamos ter as nossas áreas do conhecimento em uma perspectiva disciplinar, mas, definitivamente, precisamos saber que o conhecimento hoje não está mais na 'caixinha', ele é complexo e está numa nova fase de entendimento holístico. O SinBiose traz essa iniciativa. É muito bom e um exemplo para o CNPq e para as agências de fomento. E ainda tem a perspectiva da internacionalização", concluiu.
O presidente do CNPq afirmou, ainda, o fato do Centro enfatizar a ligação com a sociedade, com um forte componente de comunicação, envolvendo instituições muito significativas, universidades, institutos de pesquisa. "É um começo que nos anima diante de todas as dificuldades que estamos vivendo", disse.
Marcelo Morales lembrou o início da criação do Centro. "Quando chegou a mim, na época que eu era Diretor, a ideia do Centro me pareceu um conceito bastante moderno, porque vai alem da interdisciplinaridade e a internacionalização. Mais que isso, os pesquisadores e outros membros das pesquisas se debruçam sobre o conhecimento existente, extraem um novo conhecimento, que podem contribuir para a tomada de decisão e que tem impacto social, econômico", ressaltou. O Secretário afirmou que o Brasil produz muito conhecimento, mas não se debruça sobre esse conhecimento para extrair seus impactos. "Isso nós temos que fazer, principalmente em biodiversidade e serviços ecossistêmicos, que é uma das maiores aptidões do Brasil. Construímos o Centro conjuntamente - CNPq liderando com a comunidade científica e a comunidade internacional. É o único Centro do hemisfério sul e isso é muito relevante, principalmente para o Brasil. O Centro tem todo o apoio do Ministério, com muita atenção aos seus resultados", finalizou, Morales.
A Analista de Ciência e Tecnologia do CNPq, Marisa Mamede, apresentou o histórico de criação do Centro e sua estrutura, ressaltando que sua concepção partiu dos mais de 20 anos de experiência do CNPq no investimento contínuo e execução de grandes programas nas áreas de ecologia e meio ambientes, tais como o PELD, o PPBio, o SISBIOTA e o REFLORA. "São ações que geram um grande volume de informações, muitas já disponíveis em repositórios públicos como o Herbário Virtual, o SiBBR, Portal da Biodiversidade, entre outros", pontuou.
Marisa lembrou, ainda, que o fato do Brasil pertencer a uma das regiões de maior biodiversidade do planeta proporciona uma expectativa grande da comunidade científica internacional e a criação do centro de sínteses brasileiro promove o país a um papel de liderança na América Latina. Por fim, a servidora falou da importância dos projetos apoiados, que atuam em pesquisas sobre degradação e regeneração da Amazônia, restauração dos Campos Sulinos, relação plantas-polinizadores, recifes e saúde humana.
A Professora Mercedes Bustamente, integrante do Comitê Científico do SinBiose, parabenizou o CNPq por ter abraçado a demanda da comunidade científica e enfatizou a importância de se buscar financiamento de outras fontes.
Estavam presentes na reunião, ainda, o presidente do Confap, Fábio Guedes, Adalberto Val, representando a Academia Brasileira de Ciência; Alessandro Cruvinel e Elvison Ramos, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Blandina Viana, representando a ANDIFES; Carlos Joly, representando a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Fernanda Sardinha e Rosilene Souza, representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Ionaí Moura, do Ministério do Meio Ambiente (MMA); Kelly Queiros, da Capes; Thais Cavendish, do Ministério da Saúde e o pesquisador Thomas Meagher, representando a comunidade internacional. Pelo CNPq, participaram, além do Presidente e da Marisa Mamede, o Coordenador Geral do Programa de Pesquisa em Ciências da Terra e do Meio Ambiente, Onivaldo Randig; e a Diretora substituta de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, Raquel Coelho.