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Pró-Amazônia dobra investimento e aplica R$ 300 milhões do FNDCT em centros avançados para o desenvolvimento sustentável da região
A chamada pública Pro-Amazônia investirá R$ 300 milhões – o dobro do valor inicialmente previsto – em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) no estabelecimento de centros avançados em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica.
A suplementação – parte de um investimento adicional de mais de R$ 2 bilhões definido pelo Conselho Diretor do Fundo – permitiu ao CNPq selecionar 30 propostas a mais, saltando das 18 inicialmente previstas para um total de 48. Todos os estados da região foram contemplados com ao menos uma proposta aprovada. Confira o resultado final da chamada.
Os centros avançados em rede de colaboração deverão realizar pesquisas interdisciplinares, com estreita relação com programas de pós-graduação, empresas e a sociedade civil. As pesquisas resultantes devem se destacar não apenas pela sua excelência, mas também como estratégias de desenvolvimento e aplicação, em suas áreas de conhecimento, para preparar a Região da Amazônia Legal para demandas futuras.
A chamada estabelece que a coordenação da rede deverá ser realizada por uma instituição sediada na Região da Amazônia Legal, sendo desejável que, pelo menos mais três instituições da região amazônica colaborem em cada projeto. Espera-se ainda fomentar a colaboração entre instituições e pesquisadores na Amazônia Legal em torno de um tema comum de pesquisa e potencializar o conhecimento existente e promover soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável da região.
O Pró-Amazônia é um dos 10 programas estratégicos aprovados pelo Conselho Diretor do FNDCT para 2024 e tem como objetivo principal apoiar ou criar centros avançados de pesquisa, com colaboração entre instituições que atuem na ampliação do conhecimento científico da Região da Amazônia Legal, no aumento de recursos humanos capacitados, na melhoria da infraestrutura de ciência e tecnologia instalada e na diminuição das assimetrias regionais, sendo estas coordenadas por Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICT) da Região da Amazônia Legal.
A Amazônia Legal é uma área de 5.217.423 km², que corresponde a 61% do território brasileiro. Além de abrigar todo o bioma Amazônia brasileiro, ainda contém 20% do Bioma Cerrado e parte do Pantanal Mato-Grossense. Ela engloba a totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Estado do Maranhão. Apesar de sua grande extensão territorial, a região tem apenas 21.056.532 habitantes, ou seja, 12,4% da população nacional e a menor densidade demográfica do país (cerca de 4 habitantes por km²). Nos nove estados residem 55,9% da população indígena brasileira, cerca de 250 mil pessoas, segundo a Funasa.
O edital fixou 10 temáticas estratégicas para os projetos: recuperação dos ecossistemas amazônicos; biotecnologia; geração de energia renovável; sistemas alimentares sustentáveis; adaptação e mitigação à mudança climática; educação, cultura, povos e saberes tradicionais; gestão de recursos hídricos; estudos da foz do Amazonas; saúde da população da Amazônia Legal; e tecnologias sociais.
A chamada teve duas linhas de investimento: a linha 1, voltada a grupos de pesquisa emergentes, com investimentos entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões por projeto; e a linha 2, voltada a grupos consolidados, com investimento de até R$ 15 milhões.
Confira o resultado final da Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 19/2024 - Centros Avançados em Áreas Estratégicas para o Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica - Pró-Amazônia