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Primeira reunião da Chamada Pública INCT-CNPq nº 58/2022 tem apresentação de diversas áreas do CNPq
A primeira reunião com a presença de representantes dos projetos contemplados na Chamada Pública INCT-CNPq nº 58/2022 aconteceu na sexta-feira, 24 de novembro de 2023, no auditório do edifício-sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. Além dos coordenadores e membros de equipe dos projetos contemplados, o evento contou com a participação de representantes do CNPq e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Na abertura do evento, o presidente do CNPq, professor Ricardo Galvão, confirmou continuidade do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), ao expor sua relevância. “O INCT realmente é o projeto mais consolidado da ciência brasileira e vai continuar”, afirmou.
Ainda durante a mesa de abertura, a Secretária de Políticas Públicas e Programas Estratégicos (SEPPE) do MCTI, Márcia Cristina Bernardes Barbosa, e o Diretor Substituto do Departamento de Apoio aos Ecossistemas de Inovação do MCTI, Públio Vieira Valadares Ribeiro, sublinharam o papel dos INCTs no Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia. “Os INCTs se tornaram uma política de Estado”, disse Públio Ribeiro, lembrando que os Institutos foram uma mudança de paradigma no Sistema Nacional de Inovação, associada a um novo modo de produção do conhecimento. Para a Secretária Márcia Barbosa, por sua vez, os INCTs constituem uma espécie de fotografia de onde estão as forças da pesquisa no Brasil. Ela exaltou o papel do CNPq como executor do Programa. “É através do CNPq que temos políticas públicas de Estado”, frisou
Também compuseram a mesa de abertura a Diretora do Departamento de Tecnologia Social, Economia Solidária e Tecnologia Assistiva (DEPTS) do MCTI, Sônia da Costa; a Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),Mercedes Bustamante; e o assessor da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Edward Madureira Brasil.
Ao longo do dia, os participantes da reunião tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais da atuação do CNPq, por meio de apresentações das Diretorias de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação (DCOI) e de Análise de Resultados e Soluções Digitais (DASD), bem como da Coordenação-Geral de Cooperação Nacional em CT&I (CGNAC), da Coordenação de Programas e Projetos Multicêntricos (COPPM); da Coordenação-Geral de Apoio e de Análise dos Resultados do Fomento (CGARF); da Coordenação de Apoio ao Fomento (COAFO); da Coordenação de Prestação de Contas (COPCO); dos Serviços de Apoio para Bolsas no País e no Exterior (SEABP e SEABE) e de Análise de Prestação de Contas Financeiras (SEAFI). Também foram exibidas uma apresentação da Assessoria de Comunicação Social (ACS) do CNPq e palestra sobre os INCT na V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
A Diretora de Análise de Resultados e Soluções Digitais do CNPq, Débora Menezes, apresentou o Painel de Fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação ferramenta capaz de extrair diversos dados do fomento do CNPq, e que está disponível na página do Órgão.Segundo as informações apontadas pelo painel, no geral, no período de 2005 a 2023, o fomento em Ciência, Tecnologia e Inovação foi de R$ 30,24 bilhões, alcançando 2,7 milhões de beneficiários por ano, fornecendo 1,5 milhão de bolsas por ano e pouco mais de 300 mil auxílios anuais. As informações podem ser encontradas na página eletrônica do CNPq.
A Chefe da Assessoria de Comunicação (ACS) do CNPq, Mariana Galiza, encerrou a série de apresentações do trabalho das diversas áreas do CNPq, discorrendo sobre a divulgação científica e os canais de comunicação deste Conselho. Ao explicar por que comunicar ciência e tecnologia ao grande público e apresentar resultados de pesquisa, realizada em 2019, sobre a percepção pública da área de Ciência e Tecnologia no Brasil, Mariana Galiza refletiu sobre as atividades de difusão científica e educação em ciências a partir da pesquisa de doutorado realizada pela Analista de C&T do CNPq, Maria Bernadete Carvalho Pires de Souza, que analisou dados da produção dos INCTs e em que medida essas estratégias se relacionam com os modelos de comunicação pública. A conclusão foi a de que, embora tenha havido diversidade de materiais e práticas a educação para a ciência e divulgação científica para o público das escolas e para a sociedade em geral ainda é incipiente. A maioria das informações dos INCTs foi disseminada para o público acadêmico e de especialistas. Em seguida, Galiza explicou como a área de Comunicação do CNPq pode trabalhar em conjunto com os INCTs e ajudar nessa divulgação, por meio de matérias, lives, entrevistas, material gráfico, redes sociais e coberturas jornalísticas e fotográfica.
A Chamada Pública INCT-CNPq nº 58/2022 foi lançada em parceria com o MCTI, com investimento total de R$ 324 milhões de reais em redes de pesquisa em áreas estratégicas e/ou na fronteira do conhecimento, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT/MCTI).
O objetivo foi o de expandir o Programa INCTs por meio do apoio ao estabelecimento de novos institutos, a partir do fomento a pesquisas de alto impacto científico e tecnológico, que visassem a solução de grandes desafios nacionais. A Chamada nº 58/2022 teve formato inovador, focado na objetividade e nos resultados, ao mesmo tempo em que mantinha as ideias norteadoras do Programa e observava as exigências da implementação dos recursos do FNDCT de 2022. Com isso, mais de 100 projetos já foram financiados e, agora, tiveram início mais 58 projetos também selecionados.
Criado em 2008, o Programa INCTs ocupa posição estratégica no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) e conta com a participação das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa. O Programa engloba projetos de pesquisa relativos a temáticas complexas. Desde sua criação, estabeleceu-se que os INCTs seriam formados a partir de uma instituição sede com reconhecida excelência na produção científica e tecnológica; bem como caracterizada pela alta qualificação na formação de recursos humanos, que tivesse capacidade de alavancar recursos de outras fontes e possuísse um conjunto e laboratórios ou grupos associados de outras instituições, articulados na forma de redes científico-tecnológicas.
A organização em redes auxilia a consolidação dos grupos de pesquisa, o intercâmbio de conhecimentos e é responsável pela abrangência do programa, fomentando a pesquisa em todas as regiões brasileiras. No momento, os Institutos vigentes contam com mais de 12 mil pesquisadores e cerca de 600 laboratórios de excelência, presentes em todas as unidades da federação. Também já foram estabelecidas 1.835 parcerias nacionais e 1.302 parcerias internacionais, incluindo 515 cooperações em empresas brasileiras e 139 estrangeiras.