Notícias
Presidente do CNPq visita laboratórios da Universidade de Brasília alagados pelas fortes chuvas na cidade
Na segunda-feira, 12, o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, esteve na Universidade de Brasília (UnB) para verificar a situação dos laboratórios do Instituto de Física atingidos pelas fortes chuvas da cidade na noite da última sexta-feira, 9. O alagamento causado pelas chuvas atingiu, principalmente, o subsolo da UnB, onde estão instalados vários laboratórios.
Na ocasião, o presidente do CNPq esteve acompanhado do coordenador do laboratório, Prof. José Leonardo Ferreira; do Prof. Jorlandio Félix, coordenador do Laboratório de Interfaces e Nanodispositivos Semicondutores; da Profª Erondina de Lima, coordenadora do Laboratório de Monitoramento Atmosférico e Climático, do Prof. Jerome Depeyrot, coordenador do Laboratório de Fluídos Complexos, e do Prof. Olavo da Silva, Diretor do Instituto e Física.
Segundo Galvão, a visita foi feita “em solidariedade aos colegas físicos e, também, para avaliar pessoalmente os estragos”. E acrescentou: “os funcionários, alunos e docentes da UnB fizeram um estupendo trabalho de limpeza, em regime de mutirão desde domingo, e boa parte das instalações está limpa”.
Na visita, Galvão observou que o forte impacto das chuvas foi enorme. A água chegou a subir cerca de 1 metro dentro de alguns laboratórios, cobrindo instrumentos valiosos e estragando totalmente equipamentos e material de consumo.
Um dos laboratórios mais atingidos foi o Laboratório de Física de Plasmas, especializado no desenvolvimento de propulsores iônicos para satélites. Nesse laboratório, foram atingidas, por exemplo, as bombas turbo moleculares da câmara de vácuo para testes dos propulsores, que possuem grande valor.
Vários outros instrumentos de alto valor, como um espectômetro de raios-X, não foram totalmente cobertos, mas, mesmo assim, tiveram partes sensíveis, principalmente eletrônicas, invadidas pela água. Uma avaliação do estado desses instrumentos só poderá ser feita após um processo de limpeza e secagem total.
Além disso, o Laboratório de Monitoramento Atmosférico e Climático perdeu a maioria dos equipamentos de monitoramento ambiental, incluindo drones, vants, pluviómetros e até uma impressora 3D utilizada para confecção dos instrumentos desenvolvidos localmente.
Ao final da visita, Galvão afirmou que, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a FINEP, o CNPq irá prospectar a possibilidade de encomenda emergencial para recuperação de pelo menos parte dos instrumentos principais dos laboratórios do Instituto de Física. E ressaltou que é preciso avaliar a transferência de laboratórios para um espaço que não esteja suscetível a alagamentos. “Novos desastres como este podem voltar a ocorrer no futuro se as instalações experimentais continuarem alojadas no subsolo”, pontuou.