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CNPq mostra a importância da Iniciação Científica na 18ª Semana Nacional de C&T
Demonstrações de experimentos, brincadeiras e música para explicar conceitos e fenômenos científicos tomaram o palco principal da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) nessa segunda, dia 6, com a apresentação do Quark Show do físico e apresentador Wilson Namen . A iniciativa é parte das ações de divulgação científica do Programa WASH (Workshop de Aficcionados em Software e Hardware), que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) levou para o evento nesta edição .
Wil Namen apresenta o Quark Show na SNCT - Foto Marcelo Gondim - COCOM/CNPq
A partir de práticas educacionais não formais, O WASH promove a iniciação científica e a popularização da ciência com estudantes do ensino fundamental, médio, técnico e de graduação, em especial os da rede pública. O programa tem apoio do CNPq permite aproximar a área de C&T, normalmente considerada elitista, da base da pirâmide educacional. Idealizado pelo físico Victor Pellegrini Mammana , o WASH foi implantado no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer , unidade de pesquisa do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) em 2013. Desde então, o Projeto realiza atividades de educação formal e não formal que colaboram com o processo de iniciação científica e de letramento digital , criando uma ponte direta entre universidades, unidades de pesquisa e escolas por meio de oficinas.
Em 2018, o WASH foi formalizado como programa e hoje seu alcance abrange todo o território nacional. Por meio do programa, estudantes de diversos níveis de ensino participam de vivências de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, em oficinas que aliam o método científico a ferramentas tecnológicas, atividades lúdicas e culturais, que estimulem habilidades relacionadas ao conhecimento e à aprendizagem. O processo de aprendizagem do WASH estimula a cooperação, a troca de informações, o reconhecimento pelo esforço, bem como a valorização do respeito dos estudantes por si, pelo outro e pelo grupo social. No estande do CNPq, na SNCT, estão expostos experimentos realizados pelos alunos em algumas dessas oficinas pelo programa.
Estudantes visitam o estande do CNPq no evento. Fotos: Marcelo Gondim e Roberto Hilário - COCOM/CNPq
Para o evento, representando o programa, além do Wil Namen, pesquisador do WASH com expertise de mais de vinte anos mostrando o lado lúdico da ciência e responsável pela parte audiovisual do projeto, estão presentes bolsistas e a coordenadora do projeto no estado do Paraná, Elaine da Silva Tozzi . Elaine explica que os alunos do ensino médio e da graduação recebem uma bolsa de Iniciação Científica para pesquisar algum tema e elaborar projeto que seja de interesse dele, com orientação de um professor. O conhecimento adquirido com o estudo é devolvido por esses alunos, por meio da oferta de oficinas de linguagem audiovisual ou de programação, ou do desenvolvimento de protótipos, como o de um foguete. “O nosso desafio é trabalhar a comunicação científica e estimular a cultura científica”, explica Elaine. Para ela, um dos diferenciais do WASH é possibilidade de criar conexões em redes. Um dos exemplos são oficinas que acontecem com crianças, que acabam levando também conhecimento a professores. “A gente ainda tem uma geração analógica de professores. E aí a criançada sai na frente e acaba multiplicando a facilidade que tem o nativo digital com esses professores. Aí vão estabelecendo essa rede”, comenta Elaine.
Elaine Tozzi, coordenadora do WASH no Paraná .Foto: Roberto Hilário - COCOM/CNPq
Ao propor o protagonismo do estudante na investigação tecnológica e científica, o programa WASH concentra seu investimento em formação de pessoas, aproveitando, ao mesmo tempo, a infraestrutura disponível nos sistemas de ensino básico, universitário ou de pesquisa brasileiros. Para Wilson Namen, o aspecto inovador do programa está justo nessa ponte que liga os centros de pesquisa, entidades ligadas à educação e à ciência e o ensino médio e fundamental. “A gente liga, conecta todos esses mundos, porque, quando você propõe uma bolsa para o estudante de ensino público, você tem um orientador que vem da universidade, você coliga ele com uma pessoa que está dentro da escola, um professor, que vai fazer a ponte, porque ele é quem lida com o estudante no dia-a-dia”, diz Wilson. “E depois que o estudante do ensino médio cria sua pesquisa, ele é obrigado a refletir, colocar isso para o estudante do fundamental”, completa ele. Assim, além de praticar o método científico, o aluno aprende a ser professor para os estudantes do ensino fundamental. O WASH já teve como resultados artigos científicos e filmes de curta duração, com temáticas científicas, jogos eletrônicos, aplicativos e minicursos de computação gráfica.
Concebido para ser um programa presencial, o WASH sofreu mudança com a pandemia, quando seus coordenadores tiveram de transformar a distância que existia para realizar oficinas em obras audiovisuais ou em outros tipos de atividades. Um dos espaços de divulgação da produção audiovisual do programa é o canal WASH no YouTube , que reúne produções especiais; vídeos produzidos pelos bolsistas de Iniciação Científica durante as pesquisas; vídeos das oficinas em escolas, entidades e Institutos Federais; além de vídeos de stop motion e de contação de histórias. Para essas atividades, o programa conta, também, com a parceria com a Companhia Bola de Meia, que também está no estande do CNPq no evento com apresentações musicais e oficinas que levam a ciência para o público infantil.
Assista à apresentação do Bola de Meia e do Quark Show na SNCT:
Veja mais fotos da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia: https://flic.kr/s/aHsmXhrFiZ