Notícias
Nota de Pesar - Prof. Shigueo Watanabe
O CNPq lamenta profundamente o falecimento do Professor Shigeo Watanabe, um dos pioneiros da pesquisa em Física Nuclear no país e grande entusiasta da divulgação científica e melhoramento do nível de conhecimento científico da população brasileira.
Ele foi Conselheiro do CNPq, Presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisadores Nikkeis e da Associação Brasileira de Físicos na Medicina; foi também conselheiro da Sociedade Brasileira de Física, do Conselho de Curadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Conselho de Curadores da Fundação Adib Jatene do Instituto e Cardiologia Dante Pazzanese.
Uma das contribuições mais destacadas de Shigueo Watanabe foi sua pesquisa pioneira no desenvolvimento de detectores de partículas nucleares. Ele trabalhou incansavelmente na construção e aprimoramento de detectores de partículas, tornando-se uma figura-chave na física experimental de alta energia no Brasil. Seu trabalho nesse campo contribuiu significativamente para a compreensão das interações nucleares e da estrutura dos núcleos atômicos.
Seu trabalho sobre como o próton e o nêutron interagem formando o dêuteron, apresentando um potencial diferente dos potenciais individuais, teve grande destaque no meio científico. O potencial proposto para o dêuteron recebeu o nome de Potencial de Watanabe.
Além disso, Watanabe desempenhou um papel fundamental na formação de jovens cientistas brasileiros, atuando como orientador de várias gerações de estudantes de pós-graduação. Sua dedicação ao ensino e à orientação de pesquisadores em início de carreira ajudou a fortalecer a base científica do Brasil, no campo da física nuclear.
Outra área de destaque nas contribuições de Watanabe foi sua participação ativa na organização de conferências e eventos científicos, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e o fortalecimento da colaboração entre cientistas brasileiros e estrangeiros na área da física nuclear.
Membro titular e ex-diretor executivo da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, organizou uma Olimpíada Paulista de Física (em paralelo à de matemática, que ele já organizava) entre 1985 e 87, mas, por falta de apoio, essa experiência não foi continuada.
Com informações do Comissão Nacional de Energia Nuclear