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Com RuralMAX, NEGER Telecom vai conectar pequenos produtores rurais de Alagoas
A iniciativa faz parte do projeto RuralMAX 5G Pro que busca levar conectividade em banda larga e internet das coisas (IoT) de baixo custo para áreas rurais. O impacto da tecnologia vai ser monitorado pela NEGER Telecom, com apoio de pesquisadores do programa RHAE (Recursos Humanos em Áreas Estratégicas), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A NEGER Telecom vai doar equipamentos RuralMAX para quatro comunidades rurais do interior de Alagoas. Os dispositivos, que captam o sinal das redes celulares mesmo em locais com sinal baixo ou instável, vão permitir que famílias de produtores rurais tenham, pela primeira vez, acesso à internet, podendo com isso ampliar suas atividades e ter a possibilidade de buscar por capacitação e ensino online.
Projetado para atender as demandas de usabilidade específicas das comunidades rurais, o RuralMAX incorpora internamente em um único equipamento diversos dispositivos como antena, amplificador de sinal, modem e roteador. É o único da categoria com Wi-Fi IEEE 802.11b/g/n integrado, permitindo velocidades de até 300 Mbps e conexão à internet para as mais diversas aplicações em áreas rurais.
"Com o RuralMAX, essas famílias de produtores rurais, que vivem em locais muito remotos e carentes, poderão não só captar novos compradores – geralmente, as vendas são restritas a um único intermediário ou feira local –, como também poderão aprender técnicas de produção agrícola, de vendas, e ter acesso à educação online", explica João Pedro dos Santos Verçosa, pesquisador da empresa.
“A nossa motivação com esse projeto é desenvolver novas tecnologias e técnicas de comunicação em áreas rurais tendo base o usuário final. Além da avaliação de impacto socioeconômico que vamos realizar nesse projeto, com a doação dos equipamentos poderemos identificar necessidades e testar na vida real questões importantes para a empresa, como por exemplo, a durabilidade dos dispositivos em condições mais severas e o quanto a tecnologia é amigável em relação à sua instalação”, disse Elder Oliveira, pesquisador do projeto na NEGER Telecom.
Por isso, entre os contemplados do projeto estão grupos heterogêneos como cooperativistas, assentados do Movimento Sem Terra, indígenas e pequenos produtores familiares. Além do tipo e produção e nível de organização, há uma grande heterogeneidade em relação à geografia onde estão as roças desses produtores. Dessa forma, cada localidade apresenta um desafio diferente no que se refere à instalação dos equipamentos.
Lavoura conectada – Dois dos equipamentos doados pela NEGER Telecom vão atender 35 famílias que produzem frutas e hortaliças no assentamento do Movimento Sem Terra (MST) no município de Messias, a 40 quilômetros de Maceió. Atualmente, elas vendem sua produção um único dia da semana em uma feira de produtos orgânicos na capital do estado. "Eles plantam para subsistência, mas têm excedente que poderia ser vendido em outros pontos de Maceió, ou até em um sistema de cestas orgânicas vendidas online, captando assim mais clientes", diz Verçosa.
Em Messias, os assentados iniciaram também um projeto junto a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) de produção de PANCs (plantas alimentícias não convencionais) como, por exemplo, o jenipapo, aroeira, araçá do mato e cambui, que servem de alimento, mas ainda são desconhecidas da maior parte da população. “O acesso à internet será essencial para a divulgação dessa produção e para conquistar novos adeptos da PANCs”, diz.
No agreste alagoano, a 100 km de Maceió, os produtores de leite de Tanque D'Arca também serão beneficiados. Atualmente as famílias vendem seus produtos para um único intermediário. Fora isso, os produtores rurais sofrem com a falta de infraestrutura. Eles precisam se deslocar por grandes distâncias para alcançar os pontos onde o celular tem área de cobertura.
O local é de difícil cobertura. A NEGER Telecom realizou simulações de propagação de radiofrequência para avaliar o perfil da propagação, de elevação local e a viabilidade técnica do projeto. “Na região, os dispositivos convencionais, como os celulares, sofrem com instabilidade na captação devido a fenômenos físicos da propagação eletromagnética. O uso de um equipamento mais robusto, como o RuralMAX, associado a técnicas de engenharia de telecomunicações, pode prover internet com bom desempenho, através do acesso aos grandes provedores de internet”, explica Oliveira.
Outro ponto do projeto é a aldeia indígena Kariri Xocó, no município de Aldeia Real do Colégio, na região do baixo São Francisco, a 172 km de Maceió. Atualmente, na área onde ficam as roças de mandioca, feijão e milho, por exemplo, não há energia elétrica e muito menos internet.
O quarto local do projeto de implantação do Rural Max 5G Pro é a Cooperativa dos Agricultores Qualificados (Copaq), em Matriz de Camaragibe, a 75 km de Maceió. Lá eles produzem coco e mais trinta produtos. "São produtores muito organizados e a internet vai facilitar a comunicação entre eles, além de permitir a capacitação para as famílias", diz Verçosa.
Sobre a Neger Telecom
Empresa de base tecnológica sediada em Campinas (SP), a Neger Telecom atua em engenharia de radiofrequência aplicada a diversas áreas, como conectividade para áreas rurais e regiões remotas, bloqueio de sinais celulares para presídios e detecção de drones para aeroportos. Trata-se de uma empresa-filha da Unicamp, listada por três anos consecutivos entre as “Empresas que mais crescem no Brasil” em sua categoria, segundo ranking da Deloitte e da Revista Exame. Foi listada no Anuário Telecom de 2017, 2018, 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023 entre as 100 maiores empresas de telecom e as dez mais rentáveis do país neste segmento. E reconhecida como uma das mais inovadoras do setor nos últimos 10 anos no Anuário Tele.Sintese de Inovação e Telecomunicações. Saiba mais nos sites da NEGER Telecom e do RuralMax.