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Com recorde de municípios, sucesso da Obmep está na metodologia, diz coordenador
Nesta terça-feira (7), mais de 17 milhões de estudantes participam da primeira fase da 12ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep 2016). São alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio de 47.474 escolas. Os números revelam o sucesso da iniciativa, que, em 2016, bateu recorde de cidades envolvidas: 5.544 ou 99,59% dos municípios brasileiros.
"Este fato mostra que a Obmep, após 12 anos, continua crescendo", afirma o coordenador da Obmep, Cláudio Landim.
Diretor-adjunto do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Landim avalia que a Obmep está ajudando a mudar o ensino da matemática nas escolas. O segredo está na metodologia, que incentiva o pensamento analítico. A "decoreba", garante, não tem vez na prova da Obmep.
"A adesão da escola leva a melhores resultados dos alunos dentro de sala de aula por estimular o interesse dos alunos pela matemática, além de revelar talentos que não apareciam antes", diz. "A Obmep não avalia o conteúdo que eles aprendem em sala de aula, mas a capacidade de resolver questões analíticas. Ela tenta propor problemas que levam o aluno a pensar, e isso nos faz descobrir talentos nas áreas de exatas."
Ponte para o futuro
Além de melhorar o desempenho dos estudantes em sala de aula, a Obmep contribui para pavimentar o futuro do Brasil. Segundo Cláudio Landim, a formação de recursos humanos nas áreas tecnológicas é fundamental para colocar o país entre as nações mais competitivas do mundo. Assim, a Olimpíada de Matemática funciona como uma porta de entrada para a iniciação científica e para as carreiras tecnológicas.
"Fazemos um acompanhamento dos nossos olímpicos. Muitos deles escolhem carreiras de engenharia e têm acesso a bolsas de iniciação científica por conta da Obmep. Vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico. O Brasil precisa investir maciçamente em desenvolvimento tecnológico e, para isso, precisa de recursos humanos voltados para atuar nessa área. Participar da Obmep estimula os estudantes a seguir essas carreiras", explica Landim.
Com 20 questões objetivas, a prova da primeira fase será aplicada e corrigida nas escolas, com base no gabarito enviado pela coordenação da Obmep. No dia 10 agosto, serão divulgados os classificados para a segunda fase entre os 17.839.424 de jovens inscritos. Nesta fase, os participantes respondem seis questões dissertativas, em que devem expor os cálculos e raciocínio utilizados. As provas serão realizadas em 10 de setembro.
Premiações
Os resultados da Obmep 2016 serão divulgados no dia 30 de novembro. Serão premiados 6.500 alunos com medalhas (500 de ouro, 1.500 de prata e 4.500 de bronze) e cerca de 46.200 com menções honrosas.
Além disso, aos alunos premiados com medalhas de ouro, prata ou bronze e matriculados em escolas públicas em 2017, será oferecida a oportunidade de participar do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC-OBMEP), com direito a uma bolsa de Iniciação Científica Jr do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Também são premiados professores, escolas e secretarias de educação de municípios que se destacam em virtude do desempenho dos alunos. Na página da Obmep, podem ser consultados os critérios utilizados nas premiações.
Sobre a Obmep
A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do CNPq, e do Ministério da Educação (MEC) e conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).
As provas serão aplicadas pelas próprias escolas, em horários definidos por elas, para turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio. Neste ano, a olimpíada, organizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), bateu o recorde de cidades participantes: são 5.544 cadastradas, o que representa 99,59 da totalidade de municípios do Brasil.
Fonte: MCTIC