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CNPq renova acordo que permite participação de brasileiros em experimentos do Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN) renovaram, no dia 20 de junho, em Genebra, um acordo que permite a participação de pesquisadores brasileiros nos experimentos do Centro. A ocasião marcou, oficialmente, a participação do Brasil na reunião do conselho do CERN na condição de membro associado da entidade, reconhecida globalmente por suas pesquisas em física de partículas e que detém o maior e mais potente acelerador de partículas do mundo.
O presidente Ricardo Galvão integrou a delegação brasileira e atuou como delegado científico na reunião do Conselho do CERN. “É uma honra para o CNPq representar o Brasil neste que é um dos maiores projetos da cooperação científica internacional. A participação na condição de país membro associado promove um salto de qualidade na contribuição dos pesquisadores brasileiros ao projeto e abre a possibilidade das empresas brasileiras participarem das licitações para fornecimento de equipamentos e serviços ao projeto”, afirma Galvão.
Pesquisadores brasileiros que estão realizando seu doutorado ou pós-doutorado no CERN participaram da cerimônia e expressaram entusiasmo pelo apoio contínuo do CNPq, ente financiador da participação da comunidade científica brasileira no projeto. Eles destacaram a importância deste suporte para o avanço de suas pesquisas, essenciais para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil.
A parceria CNPq-CERN se iniciou ainda em 1990, com a participação da comunidade científica brasileira em importantes experimentos conduzidos pela organização europeia. Em 2022, o Brasil alcançou um marco significativo ao se tornar membro associado, feito que o coloca como o terceiro país não europeu – e o único nas Américas – a obter tal status, e fortalecendo ainda mais a cooperação científica internacional. A reunião do Conselho do CERN no dia 20 de junho foi a primeira que contou com a participação do Brasil na condição de membro associado.
A colaboração CNPq-CERN tem sido estratégica para o desenvolvimento científico do Brasil, especialmente nas áreas de física de partículas, engenharia de detectores e aceleradores e softwares correlatos, permitindo que pesquisadores brasileiros contribuam de maneira significativa para os avanços científicos globais e possam inovação tecnológica para o país.
Sobre o CERN
O Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em francês) é uma organização internacional de pesquisa científica em física de partículas. Foi fundado em 1954 e está localizado na fronteira entre a França e a Suíça, nos arredores de Genebra. O objetivo principal do CERN é estudar a estrutura fundamental do universo, investigando as partículas subatômicas que compõem toda a matéria.
Para isso, o centro conta com aceleradores de partículas altamente sofisticados, como o Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior e mais potente acelerador de partículas do mundo. Os experimentos realizados no CERN levaram a muitas descobertas importantes, incluindo a confirmação, em 2012, da existência do bóson de Higgs, partícula fundamental prevista pela teoria das interações eletrofracas.
O CERN tem mais de 2.500 funcionários e desenvolve tecnologias inovadoras em áreas como informática, engenharia e materiais avançados, que beneficiam a sociedade em geral. É financiado pelas 23 nações signatárias, incluindo Alemanha, França, Reino Unido e Suíça, bem como observadores de todo o mundo que incluem a Rússia e os Estados Unidos.