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CNPq e FAPESP assinam acordos para compartilhamento de dados e fixação de doutores
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Magnus Galvão, e o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, assinaram dois acordos para promover o compartilhamento de dados entre as duas instituições e para estender a vigência do Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil (Profix-JD).
Os acordos foram firmados no dia 20 de agosto, na sede da FAPESP. E, além de Zago e Galvão, participaram do evento os três integrantes do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP – Carlos Américo Pacheco (diretor-presidente), Marcio de Castro Silva Filho (diretor científico) e Fernando Menezes de Almeida (diretor administrativo) – e assessores.
O primeiro acordo, formalizado por meio do Protocolo de Intenções CNPq-FAPESP nº 01/2024, busca promover o intercâmbio de conhecimentos, metodologias, informações e bases de dados entre as duas instituições para melhoria de processos e tomada de decisão. O protocolo enfatiza a colaboração em áreas como a caracterização e a evolução do fomento à pesquisa; o acompanhamento das trajetórias de ex-bolsistas e outros beneficiários; e a avaliação dos impactos científicos, econômicos e sociais dos apoios concedidos.
Para a consecução desses objetivos, o acordo define como instrumentos: o estabelecimento de canais de comunicação e troca regular de informações entre representantes do CNPq e da FAPESP; a realização de reuniões periódicas para discutir o andamento das atividades, compartilhar resultados e identificar oportunidades de colaboração; a elaboração de produtos e análise de dados, desenvolvimento e inovação de plataformas, com a participação de especialistas das duas instituições; a realização de workshop para apresentação de resultados, com a possibilidade de participação de especialistas externos às instituições.
O segundo acordo é um termo aditivo que estende até 2026 a vigência do Profix-JD. Lançado em parceria pelas duas instituições, esse programa tem como objetivo criar condições favoráveis para que jovens doutores possam desenvolver suas carreiras no país. Oferece bolsas de Pós-Doutorado Junior (PDJ) para a realização de pesquisas em grupos e redes de reconhecida excelência no Estado de São Paulo, além de bolsas de Pós-Doutorado Empresarial (PDI) para o desenvolvimento de pesquisa tecnológica e de inovação em empresas públicas ou privadas, especialmente startups de base tecnológica sediadas no Estado de São Paulo.
No evento de assinatura dos acordos, Zago relembrou um pouco da história do CNPq, criado com o nome de Conselho Nacional de Pesquisas em 1951, e da trajetória de seu atual presidente. Galvão é professor titular aposentado do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e foi diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (2004-2011) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2016-2019), além de presidente da Sociedade Brasileira de Física (2013-2016).
Falando sobre o protocolo de intenções promover o intercâmbio de conhecimentos, metodologias, informações e bases de dados, Zago informou que ele tem horizonte de um ano e constitui etapa inicial da parceria entre FAPESP e CNPq. “Visa aprimorar o conhecimento de suas equipes técnicas sobre padrões de organização de informações, assim como de conceitos e nomenclaturas utilizados em suas respectivas bases de dados. Sua execução deverá gerar metodologias e um conjunto de indicadores de interesse comum, além de elementos para a construção de um acordo de cooperação que conduza à implementação dessas metodologias”, disse.
Galvão, por sua vez, enfatizou que a maior importância do CNPq é seu alcance realmente nacional. “A instituição conta atualmente com cinco plataformas para tornar todos os seus dados disponíveis e utilizáveis”, afirmou. E, ao final do encontro, ressaltou o papel desempenhado por Zago durante sua atuação como reitor da Universidade de São Paulo, de 2014 a 2018.
FAPESP e CNPq têm vários convênios e acordos de cooperação. Destaca-se o Acordo de Cooperação Técnica para promoção de projetos de pesquisa em todas as áreas do conhecimento no âmbito do Programa Iniciativa Amazônia+10.
Por: José Tadeu Arantes | Agência FAPESP