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CNPq apresenta novo diretor na reunião do Conselho Deliberativo
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizou nessa quarta-feira, 10, a última reunião do ano do Conselho Deliberativo (CD) da instituição. O CD é a maior instância de poder decisório do CNPq, formado pelo presidente da Instituição, pelo secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), das comunidades científica, tecnológica e empresarial e dos servidores do CNPq.
Na reunião, o Presidente do CNPq, Prof. Evaldo Vilela, apresentou o novo diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde (DABS) do CNPq, Prof. Og Francisco Fonseca de Souza, que tomou posse no final de novembro. Na reunião, o Diretor apresentou as ações da DABS, ressaltando as ações de combate à Covid-19 e as iniciativas resultantes das parcerias firmadas com instituições como Embrapa, FINEP/MCTI, Ministério da Saúde, Marinha e Fundação Bill e Melinda Gates, que totalizam cerca de R$ 250 milhões anuais investidos em pesquisa.
Além disso, foi apresentado um vídeo com o balanço das ações do CNPq em 2020, da execução orçamentária do ano e a perspectiva de orçamento para 2021. Segundo o Diretor de Gestão e Tecnologia da Informação do CNPq, Fábio Madioli, da LOA 2020, do total de R$ 1,3 bilhão aprovado, já foi empenhado R$ 1,12 bilhão. Para o ano que vem, o orçamento previsto é R$ 1,25 bilhão, sendo que R$ 696 milhões dependem de aprovação de projeto suplementar, após a aprovação da LOA. Segundo Evaldo Vilela, do orçamento inicialmente previsto na PLOA, o CNPq conseguiu um incremento de R$ 100 milhões para bolsas, no Congresso Nacional, mas ainda falta 10% de acréscimo para igualar ao orçamento deste ano. Para o presidente, é preciso que CNPq e comunidade científica estejam unidos para buscar mais recursos junto aos parlamentares.
No encontro, o Prof. Evaldo ressaltou, ainda, a importância da contribuição do CD para uma melhor atuação do CNPq, pontuando os trabalhos já iniciados dos Grupos criados na última reunião com os membros do Conselho. Foram definidos três grupos de trabalho – Missão e Identidade do CNPq, Funcionamento do CNPq e Orçamento – que estão discutindo os temas para propor aprimoramentos na gestão. “O CNPq não pode ser dirigido só pelo presidente, precisamos dessa atuação mais efetiva do CD”, afirmou Vilela.
Novo diretor
PhD em Ecologia pelo Imperial College at Silwood Park (Inglaterra), Og é Mestre em Entomologia e graduado em Agronomia, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), da qual foi Pro-reitor de Pesquisa e Pós-graduação e Coordenador do programa de pós-graduação em Entomologia.
Em entrevista logo após sua posse, em 25 de novembro, o Prof. Og afirmou que uma das suas metas à frente da DABS é colocar, cada vez mais, a pesquisa brasileira no patamar internacional. “Já estamos em um lugar muito bom. Mas em ciência para você ficar no mesmo lugar, você tem correr muito. Então a gente tem que correr mais ainda para ficar mais do que no mesmo lugar. Tem um esforço grande pela frente. Estou de mangas arregaçadas para esse esforço”, afirmou.
Além disso, ele pretende contribuir no aperfeiçoamento da plataforma de fomento, a Plataforma Integrada Carlos Chagas, cuja reformulação está sendo concebida no CNPq, além de atuar na iniciativa de Ciência Aberta.
O novo Diretor reforçou, ainda, estar muito satisfeito em retomar a parceria com o Prof. Evaldo, com quem trabalhou quando o presidente do CNPq foi reitor da UFV. “O Evaldo é muito dinâmico, enxerga uns três passos na frente da gente. O que ele fizer aqui hoje não é pra agora, é pra daqui pra frente”, afirmou.