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Ciência brasileira perde Carlos Eduardo Rocha Miranda
Foi com muito pesar que a comunidade científica recebeu a notícia do falecimento do pesquisador Carlos Eduardo Rocha Miranda, na terça-feira, dia 5, no Rio de Janeiro.
Ex-vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) Carlos Eduardo Guinle da Rocha Miranda foi um neurocientista pioneiro que dedicou toda sua vida profissional à pesquisa científica, desde que se formou em medicina, em 1958, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde construiu uma brilhante carreira acadêmica.
Fez uma especialização em eletrofisiologia e neuroanatomia na França, no Institut Marey Paris Auteuil, e voltou ao Brasil para doutorar-se pela UFRJ. Depois, fez dois estágios de pós-doutorado em neurofisiologia: um pelo National Institutes of Health (1961-63) e outro na Universidade Harvard (1967-70).
Em 1994, Rocha Miranda recebeu do Governo brasileiro, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Cientifico. No ano seguinte, a então denominada Academia de Ciências do Terceiro Mundo (TWAS) lhe outorgou o Prêmio de Biologia 1995. Em 2005 foi homenageado com o título de Pesquisador Emérito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e em 2006 recebeu da SBNeC a Medalha Neurociências Brasil.
Em uma homenagem a Rocha Miranda realizada em julho de 2015, no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ, o cientista foi aclamado por colegas e ex-alunos, que falaram sobre sua vida e obra e se referiram a ele como 'um talismã da neurociência no Brasil'.
Segundo o presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, Rocha Miranda deixa não só um legado para a ciência brasileira, mas também um eterno carinho na memória de todos os que tiveram a oportunidade de conhecê-lo.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações da ASCOM ABC