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Chamada Atlânticas irá enviar ao exterior 69 pesquisadoras negras, indígenas, quilombolas e ciganas; confira resultado preliminar
O CNPq irá financiar o envio ao exterior de 69 pesquisadoras negras, indígenas, quilombolas e ciganas brasileiras aprovadas na Chamada Atlânticas 2023. Ao todo, foram aprovadas 39 propostas de doutorado sanduíche e 30 projetos de pós-doutorado fora do país, com duração de até nove meses, conforme o resultado preliminar divulgado no dia 30 de abril.
A iniciativa integra o Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, originada de um protocolo de intenções assinado em 20 de julho de 2023 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com os ministérios da Igualdade Racial (MIR), dos Povos Indígenas (MPI) e das Mulheres (MMulheres). O valor global da chamada foi de R$ 6 milhões, sendo R$ 2 milhões do MIR, R$ 2 milhões do CNPq, R$ 1 milhão do MPI e R$ 1 milhão do MMulheres.
Para adequar a chamada aos objetivos do programa, alguns ajustes foram feitos com relação a outras chamadas do CNPq - como, por exemplo, um prazo maior de submissão, para dar mais tempo às negociações com as instituições estrangeiras e a realização de Comitê de Confirmação de Autodeclaração e de Comissão de Avaliação do Memorial Descritivo. Foram submetidas 546 propostas para as mais diversas áreas do conhecimento, sendo 264 destas para a modalidade doutorado-sanduíche no exterior (SWE) e 282 para pós-doutorado no exterior (PDE).
Além de expandir a trajetória acadêmica das mulheres negras (pretas e pardas), indígenas, quilombolas e ciganas, a partir da ampliação do acesso a bolsas de doutorado sanduíche no exterior e pós-doutorado no exterior, a chamada visa contribuir para estabelecimento de cooperação com centros de pesquisa e universidades estrangeiras; promover a internacionalização e o desenvolvimento científico e tecnológico; fomentar a capacidade de pesquisadoras brasileiras para a articulação de redes de cooperação acadêmica internacional; e promover ações de educação, popularização e/ou divulgação científica para diferentes tipos de público, alcançando amplos setores da sociedade.
Nos últimos anos, o CNPq tem atuado tanto em ações voltadas à formação e apoio de pesquisadores de grupos sociais historicamente excluídos, como também na concessão de recursos para a pesquisas sobre o tema. Na Diretoria de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação (DCOI), destacam-se o Programa Institucional de Iniciação Científica para Ações Afirmativas (PIBIC-Af); o Apoio a redes de pesquisa sobre participação de grupos sub-representados na pesquisa e no Ensino Superior e, de forma transversal, o Programa Mulher e Ciência, que desde 2005 se propõe a promover a participação das mulheres no campo das ciências e carreiras acadêmicas.
Acesse o resultado preliminar da Chamada aqui.