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Brics cria fundo de R$ 24 milhões para financiar projetos conjuntos de pesquisa
Os países que compõem o grupo Brics deram um importante passo na cooperação em ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Reunidos em Pequim, nesta quarta-feira (20), representantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul fecharam um acordo para criar um fundo de R$ 24 milhões para financiar projetos conjuntos de pesquisa científica. O Brasil vai contribuir com R$ 1,2 milhão. A primeira chamada multilateral deve ser lançada em abril de 2016 e terá a participação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, a decisão está alinhada com a agenda "ousada" que deve ser adotada neste ano para os acordos de cooperação internacional em CT&I. "Nós queremos imprimir uma agenda muito ousada e bastante pretensiosa, uma agenda externa vigorosa do ministério ao longo de 2016, buscando recursos no exterior, com diversos parceiros", disse o ministro.
"Os países do Brics são parceiros privilegiados nossos, caminham em linha com a estratégia do governo brasileiro, do ponto de vista da geopolítica do País. E tivemos sorte, pois a nossa delegação está na China, reunida com representantes do Brics na área de ciência e tecnologia, e já temos uma proposta concreta de criação de um fundo de R$ 24 milhões para ser usado imediatamente em desenvolvimento de ações conjuntas em CT&I entre os países do bloco. Da nossa parte, estamos entrando com R$ 1,2 milhão", acrescentou.
O CNPq foi representado pelo Diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, Marcelo Morales, que explicou que os recursos proveniente do Brasil representam R$ 1 milhão para área de segurança cibernética e ciberdefesa e R$ 200 mil para área de prevenção e monitoramento de desastres naturais. "A reunião foi um sucesso", avaliou Morales.
Em Pequim, a II Reunião de Agências de Fomento à CT&I e a I Reunião do Grupo de Trabalho sobre Financiamento à CT&I do Brics foram marcadas pela expectativa de que os editais conjuntos aprofundem a colaboração entre os países em pesquisas de excelência para o conhecimento global e para a criação de produtos e processos inovadores.
"A criação de um mecanismo dos países do Brics para o financiamento de pesquisa e inovação é um marco histórico extremamente auspicioso. A reunião na China foi um grande sucesso. A partir de agora, a ciência, a tecnologia e a inovação são elementos centrais da parceria estratégica entre nossas nações", disse o chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCTI, Danilo Zimbres.
De acordo com o assessor especial do ministro, Daniel Alvão, o acordo de Pequim reafirma o compromisso do governo brasileiro com a CT&I para superação dos desafios. "A estruturação do mecanismo de financiamento do setor de ciência, tecnologia e inovação do Brics é um acontecimento da maior relevância, pois reafirma a importância dada por seus países-membros à produção de conhecimentos científicos. Reafirma o compromisso do governo brasileiro e do MCTI com o incentivo à produção de ciência, tecnologia e inovação para a superação dos nossos desafios econômicos e sociais", ressaltou.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq e MCTI
Divulgação/CNPq
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