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Brasil conquista ouro na Olimpíada Europeia de Informática para Garotas
Equipe brasileira volta com excelente resultado da Olimpíada Europeia de Informática para Garotas , que aconteceu de forma virtual, com base em Zurich, na Suíça, de 14 a 19 de junho. Com 43 países participantes e 157 meninas competindo, o Brasil obteve 4 medalhas, sendo uma de ouro, uma prata e duas de bronze. Carolina Moura Valle Costa, 16 anos conquistou 8º lugar geral e uma Medalha de Ouro, a Luana Amorim Lima, 16 anos conquistou Medalha de Prata e Letícia Barbieri Stroeh, 17 anos e Maria Elaine de Holanda Cavalcante, 16 anos ficaram com a Medalha de Bronze.
A Olimpíada Europeia de Informática para Garotas (EGOI) é uma nova competição de programação apenas para meninas e funciona nos mesmos moldes da Olimpíada Europeia de Matemática para Garotas (EGMO), da qual o Brasil participa desde 2017. O objetivo do EGOI é fornecer uma plataforma para que as meninas possam desfrutar e aprofundar o seu interesse pela Ciência da Computação e incentivar a participação feminina em Olimpíada internacional de Informática que possui apenas 2% de meninas. Além disso, permitir que as participantes conheçam outras mulheres cientistas da Computação podendo encontrar modelos femininos para si mesmas.
A base da equipe foi formada a partir do Torneio Feminino de Computação , criado no ano passado pelo Movimento Meninas Olímpicas , da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com a Olimpíada Brasileira de Informática, que conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Desde 2002 o Governo Federal apoia essas iniciativas por meio de chamadas públicas lançadas pelo CNPq, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI). Todos os anos, são apoiadas entre 10 e 15 olimpíadas, nacionais e internacionais.
De acordo com a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Profa. Adriana Tonini, “as olimpíadas científicas são oportunidades para realizar a integração das instituições de pesquisa com os alunos e os professores da educação básica, levando ao conhecimento deste público, de modo mais aprofundado, o entendimento sobre o que é ciência, tecnologia e inovação, melhorando, desse modo, o ensino de ciência nas escolas e, consequentemente, ajudando a despertar vocações de jovens talentos para as carreiras ligadas à CT&I”.
Saiba mais sobre as olimpíadas científicas e o apoio do CNPq: https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/popularizacao-da-ciencia/olimpiadas-cientificas
A conquista brasileira
A equipe foi liderada pela Dra Nara Bigolin, professora de Computação da UFSM e a vice liderança ficou com a acadêmica de Computação de Stanford Beatriz Cunha Freire. As tradutoras Flávia Pisani e Carolina Magalhães foram responsáveis por traduzir os problemas para português. A aplicação das provas descentralizadas foi organizada pelo Prof Ricardo Anido, coordenador da Olimpíada Brasileira de Informática com a participação do Professor Luciano Guimarães Monteiro de Castro no Rio de Janeiro e do Professor Pedro Porfirio Muniz Farias em Fortaleza.
“O mais importante para mim é entrar em contato com mulheres incríveis de todos os lugares do mundo” afirma a medalhista de Ouro Carolina. Maria Elaine exalta dizendo que "Foi minha primeira participação em uma olimpíada internacional. Mesmo que virtualmente, estar no meio de tantas garotas incríveis e de tantos lugares diferentes, saber que ainda tem tantas coisas que eu não sei, foi sensacional. Foi uma experiência que valeu muito a pena.” Já Leticia fala que “Foi incrível ter a oportunidade de participar de uma olimpíada internacional como a EGOI. Espero que ela motive o interesse de mais meninas pela área da computação.” Já Luana afirma que “Participar de uma olimpíada internacional foi a realização de um sonho para mim. Tive a oportunidade de melhorar e testar meus conhecimentos e conversar com pessoas de vários lugares do mundo. Agradeço de coração a todos que me ajudaram nessa jornada e espero inspirar outras meninas a participar da EGOI.”
Para a líder de equipe e coordenadora do Movimento Meninas Olímpicas, Nara Bigolin que trabalha há 5 anos no incentivo da participação feminina em olimpíadas de conhecimento, “ a participação servirá de incentivo para que mais meninas participem de olimpíadas de conhecimento e aumente a participação feminina em cursos de Computação. Em 2019, a Mariana Groff também conquistou ouro na EGMO, o que demonstra a excelência do Brasil em olimpíadas femininas.