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Apoiada pelo CNPq, Olimpíada de História da Unicamp tem maioria de premiados do Nordeste
As equipes do Nordeste receberam o maior número de medalhas na grande final da 16ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), projeto realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com alunos dos ensinos fundamental e médio. Cerca de 1,3 mil estudantes de todo o país, divididos em 340 equipes, estiveram na Universidade neste sábado e domingo (24 e 25/8) para realizarem uma prova e participarem da cerimônia de premiação.
Apoiada pelo CNPq, a 16ª edição da ONHB contou com número recorde de inscritos, com 51,2 mil grupos. Na final, foram entregues 17 medalhas de ouro, 27 de prata e 37 de bronze, além de troféus às escolas com grupos medalhistas e medalhas de honra ao mérito aos demais participantes. Em 2024, O CNPq oferece bolsas de Iniciação Científica Júnior para os participantes da Olimpíada, que serão selecionados de acordo com os critérios específicos. As bolsas têm valor de R$ 300,00 mensais e duração de 12 meses. Como contrapartida, os alunos contemplados deverão participar de, ao menos, um dos projetos da ONHB em 2024 e 2025.
O estado do Ceará é o que levou maior número de medalhas, um total de 19. Na sequência estão a Bahia, com 15 equipes medalhistas, e Pernambuco, com 14. Minas Gerais e São Paulo conquistaram sete e cinco medalhas cada, respectivamente. Paraíba e Rio Grande do Sul somaram três medalhas cada. Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal somaram duas medalhas cada um. Já os estados do Rio Grande do Norte, Amapá, Alagoas, Acre, Espírito Santo e Piauí conquistaram uma medalha cada.
Na ONHB, os grupos são formados por três estudantes dos ensinos fundamental ou médio e um professor de História. As equipes que chegaram à final participaram de seis fases online realizadas entre maio e junho. Na fase final, os estudantes tiveram de realizar uma prova dissertativa que teve como tema a repatriação do Manto Tupinambá, do século XVI, em julho de 2024. O Manto estava no Museu Nacional da Dinamarca e foi entregue ao Museu Nacional do Rio de Janeiro. Os estudantes também tiveram que refletir sobre questões da cultura material.
As equipes que receberam medalhas se emocionaram com a conquista. A equipe “Vitória Régia”, do Instituto Federal do Acre - Campus Rio Branco levou medalha de bronze pela primeira vez. “A gente não estava esperando levar medalha para casa, estamos felizes demais”, disse Laryssa Melanya Oliveira Santos, aluna do 3º ano do ensino médio.
“É muita emoção e muita felicidade, um reconhecimento do nosso trabalho e do nosso esforço. Nós amamos conhecer a cidade de Campinas e a Unicamp”, disse a estudante Isabella Ferreira de Morais, do Colégio Arena, de Goiânia (GO). Com a sua equipe, “Os Sambistas”, ela recebeu medalha de prata.
Durante a palestra realizada para professores na manhã de sábado, enquanto as equipes realizavam a prova, o professor Ancelmo Ferreira Machado Carvalho, de Lagarto, em Sergipe, recebeu o Prêmio Joan Botelho, por ter inscrito o maior número de equipes em 2024: um total de 113.
Este é um reconhecimento aos orientadores pelo empenho no apoio ao ensino e à divulgação científica em História e uma homenagem a Joan Botelho, professor do Maranhão que faleceu em decorrência da covid-19, em abril de 2021, e que foi um importante apoiador da ONHB, participando desde as primeiras edições.